tag:blogger.com,1999:blog-84794564208754726092024-03-07T20:30:28.142-08:00Estupro MentalEste blog não está aqui para educar, ajudar, explicar, concordar e nem mesmo agradar ninguém. É um espaço para pessoas que querem expandir seus pensamentos, além de ser um fórum para as opiniões em geral. Dou carta branca para qualquer comentário ou ameaça de morte, sem censuras. O título não é brincadeira, estou aqui para estuprar a sua mente mesmo. Recostem-se em seus assentos e aproveitem a leitura pois, no fim, é só o que nos resta.Luciano BNhttp://www.blogger.com/profile/17100194971798704813noreply@blogger.comBlogger83125tag:blogger.com,1999:blog-8479456420875472609.post-39942406086730757592018-12-18T05:53:00.000-08:002018-12-18T06:05:21.058-08:00MansplainingFeminismo é doença?<br />
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Com esta frase provocativa e destituída de razão é que inicio este texto.<br />
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Houve um tempo em que ser mulher, era acima de tudo, um porre. Cabia a famigerada fêmea nascer com obrigações desde a mais tenra idade, e zero direitos, a não ser o de viver, simplesmente. Com sua idade, mais responsabilidades eram despejadas em suas delicadas costas, como cuidar de irmãos menores, cozinhar, manter a casa limpa, roupas limpas e, acima de tudo, faze-los com satisfação. A sociedade cristã colocava sobre as mulheres os grilhões que as prendiam num circulo vicioso sem fim de agradar homens, cuidar de filhos e nunca, nunca questionar nada.<br />
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Tudo isto era um resultado da ignorância, da perfídia básica, propalada especialmente pelo cristianismo, que a mulher é o alicerce de tudo. De fato, dela se origina tudo, e dela se espera tudo. Faz até um sentido lógico, mante-la como o bastião de um microcosmo residencial, onde nosso líder masculino sai a "caça", e sua fêmea cuida da prole e da sanidade do lar. Assim como o homem sofre os auspícios de poder ser morto na busca pelo sustento, a mulher aos poucos enlouquecia com seu mundo ficando cada dia mais restrito, sem ter sequer a chance de mudar sua vida, enriquecer seu conhecimento ou até existir fora de um plano familiar.<br />
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Sem citar países islâmicos, podemos chegar a conclusão que, no cristianismo ocidental, a mulher basicamente até o século XX viveu como uma serva, e seu papel como cidadã era restrito a sair na rua para unica e exclusivamente manutenção do lar e cumprir suas obrigações religiosas. Quando tudo isto muda, e por quê? Esta é a grande questão, uma vez que neste milênio de conquistas e antagonismos, o papel da mulher parece mais distante da sua cruel origem, encostando quase que surpreendentemente no papel do homem, ou melhor, no papel exigido a ele na sociedade moderna.<br />
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O sufragismo foi só inicio, mas marcou para sempre o papel da mulher como ente político, acima de um ser social, e durante as grandes guerras o papel importante delas na construção do arsenal dos países envolvidos foi preponderante para que os aliados pudessem derrotar o nazismo. Desde Madame Curie, o mundo passa a ver ícones femininos que não mais são somente enfermeiras ou meras sex symbols do incipiente cinema. São mulheres que pegaram em armas para defender suas nações, juntaram-se a resistências, tornaram-se as locomotivas de um papel antes nunca pensado para elas, que outrora se preocupavam em quão apertadas suas cintas ligas poderiam ficar antes que desmaiassem em suas chaises.<br />
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Os tempos de paz trouxeram a internalização da mulher ao seu lar novamente, e um pensamento borbulhante que crescia entre os acadêmicos da época era o porquê de não temos mulheres aderindo a força de trabalho, dividindo as despesas do lar, quando casadas, é claro. Mas e se elas não quiserem casar? E se não quiserem ter filhos? E sem nem tiverem atração por homens? De fato, se todos estes quesitos são imagináveis, mas elas continuariam sendo mulheres, nossas mulheres? Tal pensamento entra em ebulição durante o período em que a pilula é concebida, e modifica a vida de mulheres ao redor do mundo. O sexo como reprodução está morrendo, e antes somente aos homens era dado o direito de fazer sexo por prazer. A sociedade evoluiu mais no século XX do que em qualquer século, mas ficou reticente demais ao ver estas mulheres pedindo direitos e querendo parte das pressões desta vida em sociedade, antes somente acoçadas aos homens.<br />
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Acho que daí em diante, podemos realmente pensar no feminismo como um elemento de luta política, onde a coisa deixa de ser um pedido para se tornar uma reivindicação. Pensando de forma fria, mas caótica, onde estas mulheres pretendiam chegar? Filosoficamente, a religião nos disse algo, que aos poucos, fomos ignorando em troca da televisão e da internet. Do nada, nossos lideres espirituais foram sendo substituidos por professores de faculdade, apresentadores de TV e, no mundo moderno, por figuras do entretenimento que, nos dizem o que fazer, o que pensar, o que comer e até como devemos nos vestir. A evolução dos meios de comunicação transformam o feminismo em algo popular, não mais somente restrito a mulheres do meio acadêmico e dentro de seus redutos políticos. Falando em política, é clara a aproximação do feminismo recente com os preceitos de esquerda, o que torna a coisa toda muito mais aproximada do aspecto revolucionário, do que da conscientização e educação em si, que é o objeto principal deste texto.<br />
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Durante a transição do século para o atual, o papel do homem tem ficado cada dia mais confuso. É claríssimo que as pressões sobre eles são as mesmas do passado: nascer, não chorar, ser rico, poderoso, ter um puta emprego e morrer deixando um legado. Nem 10% da população mundial, seja qual for o gênero, conseguirá isto. Mas a pressão persiste. Este homem moderno quer estar antenado com as necessidades desta nova mulher em formação, mas muitos querem manter seu status de "predador", macho-alfa, por assim dizer. Não querem ser "desconstruídos" - termo este moderno que designa um questionamento sobre algo ou alguma coisa que nos incomoda-. O homem moderno é um magnífico ponto de interrogação.<br />
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Com a evolução do feminismo, como dito acima, os preceitos e reivindicações também mudaram. Os países com leis mais modernas, como o Brasil, igualaram e, até tornaram desiguais, alguns aspectos dos gêneros em seus preceitos básicos. Tal alcance da lei permite que mulheres em posição de isolamento, desrespeito, violência e até em clara ameaça de tais atos, possam ter justiça de forma que nunca conseguiam antes. No âmbito profissional, as leis trabalhistas refutam quaisquer preconceitos e diferenças que venham a diminuir o papel da mulher em seu ambiente de trabalho. Leis contra assedio sexual, estupros, insultos etc...todas elas trabalham em prol de uma sociedade mais justa. Mas e então, o que mais o movimento pode alcançar? O que mais pode ser visto como derrogatório ao papel da mulher na sociedade? Quanto a questão do Estado-Nação em si, muito pouco coisa pode ser feito, uma vez que a conduta do cidadão é regida por leis e costumes, porém a sua liberdade individual jamais pode ser atacada, a não ser que fira a do outro ser humano. No âmbito educacional, no entanto, muito pode ser feito, já que como dito acima, a religião não é mais o pendão educativo da sociedade moderna, e sim seu desenvolvimento acadêmico.<br />
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O feminismo está morto? De certa forma sim, pois em suma o movimento queria chamar a atenção para o papel diminuto da mulher na sociedade e em mais de cem anos, este papel foi alterado, ainda que houvesse resistência de muitos. Há claramente um processo evolutivo em toda esta questão, e as mulheres de hoje, são mais livres que as mulheres de ontem, num processo continuo que perdura a revelia do atraso de alguns. Porém, na cabeça de um grupo grande, não há razão para tal. Existe uma linha de pensamento moderna que não deixa a sociedade se transformar mediante os avanços já feitos. Mulheres, e alguns homens, alinhados com agendas políticas pseudo-revolucionárias, que atendem seus interesses tortos, procuram rever todos os preceitos feministas de igualdade, não somente equilibrando os papéis na sociedade, mas invertendo-os na história. A premissa básica desta visão política é que devemos reparar os oprimidos do passado, e isso deve ser feito pela "maioria" dominante. Na cabeça deles, homens de origem branca, heterossexuais e bem-nascidos devem se calar mediante uma "insurreição" de mulheres, negros, homossexuais e transgêneros em geral.<br />
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Esmiuçando tal movimento, vemos claramente sua inclinação aos preceitos socialistas europeus, que tomaram de assalto as universidades norte-americanas nos últimos anos, e chegaram ao Brasil por meio de moças de classe média/alta e acadêmicos de inclinação à esquerda. Celebridades em geral, formadores de opinião, especialmente jovens e belas mulheres, também abraçaram esta causa. A esquerda tem como padrão desconstruir padrões, o que é ilógico, mas combina com seus aspecto mais importante; a revolução. Seu modus operandi político quase sempre é a sabotagem, partindo para as mudanças forçadas em sociedade, corroendo o conservadorismo que é a zona de conforto das pessoas quando algo tende a mudar. Ou seja, as mulheres que propõem esse novo feminismo, que vira a mesa e tenta desconstruir o individualismo masculino são, acima de tudo, mulheres que sempre tiveram oportunidades iguais, e nunca foram submetidas aos auspícios das do passado. Elas querem reconhecimento de quem lutou nas "trincheiras" da vida contra o patriarcalismo, mas não querem o debate sobre a necessidade de sua luta. Quando as mesmas são chamadas a discussão, gritam, se descabelam e apelam para termos presunçosos como "mansplaining". Tal termo, de origem inglesa, combate a tese que homens podem falar sobre feminismo. Ou seja, o termo em si indica desigualdade, pois propõe a incapacidade de um homem opinar. Seria misandria? Muitos dos homens são atacados em redes sociais quando decidem dar suas opiniões, e designados como "machos escrotos". Elas criaram uma linguagem própria, onde descrevem pessoas como sem gênero, ofendem mulheres que escolheram casar e ter filhos. Onde estará a tal liberdade de escolha da mulher?<br />
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Enfim, ofender os homens, regrar o pensamento feminino, tentar encaixar a mulher num modelo de sociedade idealizado por um movimento pseudo-político...seria isso feminismo? Não dá pra pensar desta forma, sem projetar a luta de tantas mulheres para poderem exercer suas funções como cidadãs, e como tudo isso moldou a sociedade em que vivemos hoje. Se estas moças, jovens e bonitas, preferem "romper padrões" e relegar a mulher a ser um mero indivíduo agressivo, regrador, destituídos de compreensão e, acima de tudo, sem capacidade de debater seus questionamentos, penso que isso não é uma evolução. Muito pelo contrário. Educar nossos homens para que eles entendam que nossas mulheres tem a liberdade de decidir seus futuros é muito mais importante que minar suas masculinidades e destruir seus egos. Tudo passa pela humanização das idéias, da ampla discussão e, acima de tudo, do desligamento do elemento político (oportunista) da questão. Acima de tudo, é uma questão de democracia, e o tal mansplaining é extremamente necessário, assim como womansplaining, transplaining e todos os outros que queiram usar a discussão como elemento de depuração da sociedade.Luciano BNhttp://www.blogger.com/profile/17100194971798704813noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8479456420875472609.post-66551611011687979402017-04-13T10:11:00.003-07:002017-04-13T20:45:25.948-07:00Massa Covarde<div class="" data-block="true" data-editor="69e7t" data-offset-key="6aj83-0-0" style="background-color: white;">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="6aj83-0-0" style="direction: ltr; position: relative;">
<span style="color: #1d2129; font-family: "helvetica" , "arial" , sans-serif;"><span style="font-size: 14px; white-space: pre-wrap;">Em muitos momentos da história, quando a população se deparava com um sistema político totalmente em ruínas, sem capacidade de recuperação ou renovação, ela aplicava a justiça capital. Muitos exemplos, como a Revolução Francesa, a queda de Mussolini, Muhamad Al Khadafi e tantos outros foram punidos por uma população cansada de ser solapada e enganada, tendo seus direitos destruídos por um Estado curruptocrata e inútil.
Não quero aqui incentivar nada, mas incentivando, não ficaria nem um pouco triste se a população brasileira se revoltasse, como em 2012, mas desta vez com consequencias mais profundas. Se colocássemos algumas forcas em frente ao congresso, ao senado e no palácio do planalto e promovessemos alguns enforcamentos públicos, teria alguns desejos saciados, com certeza. Alguns nomes estão ai nos noticiários. E não me venham dizer que eles são meros suspeitos, pois tanto os executivos da escrota Oderbrecht, quanto os políticos envolvidos nestas propinas e apoios políticos são culpados e ponto final. Claramente seus nomes são citados,não à toa, com pseudônimos ridículos que beiram a ofensa à inteligência alheia.
Proponho a revolta popular com pena capital pois claramente grande parte dos envolvidos se apoiam num sistema nojento de proteção a parlamentares e membros do executivo, que os tornam impermeáveis ao poder judiciário. Eduardo Cunha foi uma exceção. O momento da história do Brasil é irremediável e pela primeira vez vejo que simplesmente não há solução. Para mim, em 2018, um dos maiores simbolos de toda essa asquerosidade e candidato-mor a um dos enforcamentos, deverá se candidatar e possivelmente se tornar novamente presidente do país e tudo isso só será possível porque tudo que disse acima não passa de um devaneio. Tolice a minha crer que a população brasileira, tão viciada no afago constante do Estado, mas cega ao apunhalamento que o mesmo faz as suas costas, tomaria uma decisão que faria seu brio e denodo ser reconhecido nos livros de historia no futuro.
Prefiro sonhar em ver pendurado pelo pescoço muitos destes animais saqueadores, pilhadores e inimigos do povo, do que crer que o brasileiro tem poder para mudar algo na política vigente. Deixemos para as nações que sabem reconhecer seus erros, democráticos ou não, porém que puseram seus nomes na história como símbolos ímpares da revolução, da mudança. </span></span></div>
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Luciano BNhttp://www.blogger.com/profile/17100194971798704813noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8479456420875472609.post-57363118791916632642016-09-20T23:25:00.001-07:002016-09-20T23:25:41.012-07:00Factóide EróticoPor quê somos amaldiçoados com o fantasma da timidez?<br />
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Lana estudava artes cênicas, de dia, e de noite trabalhava como cortesã, num inferninho qualquer desta cidade vasta e despida de vida. Mal sabia eu que um dia minha alma seria destruída pela sua figura imaculada e tórrida...<br />
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Eram seis horas da tarde, e eu estava voltando para a minha imatura solidão quando encontro Geneci. Aquele merda...me devia uns dois mil reais por um empréstimo que sabia que seria a fundo perdido. Mas a solidão custava caro, e um mero empréstimo não iria pagar o auspício de ir para casa sem ao menos tomar um trago com uma alma conhecida. Convidei aquele filho da puta para irmos ao boteco mais próximo, tomar um limão com cana e algumas cervejas. Fazia cu doce, o caloteiro, mas quando disse que eu pagaria topou no ato. Quantas merdas fazemos só para não enfrentarmos a solidão, não? Olhando para este cara, 1,75 metros e 100 kgs de puro esterco empilhado, de careca brilhante em forma de ferradura, sovaqueira crônica, olhos vidrados e com veias vermelhas e bigode cheio de nicotina de cigarros de outrora, sinto um desejo imenso de mata-lo. Pensei comigo mesmo: "por quê simplesmente não levanto desta mesa, e cravo uma faca em seu olho esquerdo. Nada me impediria." Mas a razão é mais forte, e mais uma enxurrada de ladainhas continuam a sair daquela boca de vala enquanto mal seguro um rosto de pouco interesse.<br />
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Lá pelas 11 da noite despeço-me de Geneci e uma ideia constante me bate no ziper da calça, e não é vontade de urinar. Sofro de timidez crônica, e toda a vez que presencio a aparição de uma bela mulher, eu travo como a estar diante de um monstro a me devorar. Gaguejo, tremo, olho para o lado....qualquer subterfúgio é saída para aquela situação. Quase sempre abrevio a conversa, inventando um compromisso mentiroso, de forma a me afastar daquilo. Evito sempre olhar, encarar, tenho pensamentos suicidas para me punir, que duram tanto quanto um piscar de olhos. Miro nelas, e vejo seus lábios se mexendo, respiro profundamente para sentir seus odores e me calo diante da mítica beleza feminina. Por isso vivo só, e evito qualquer contato com mulher alguma. Infelizmente, o desejo fala mais alto e dirigindo pela cidade, olho pela janela do carro a cada semaforo e encaro com o canto dos olhos alguma femea da especie a desfilar pelas calçadas. Normalmente me contento somente em olhar, e vou pra casa me satisfazer sozinho.<br />
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Entretanto, algo naquela noite me arrastou. Não sei se foi o neon vermelho e azul ou o aspecto secreto da porta, mas encostei e fui até aquele pulgueiro. Na entrada, sentado a minha frente, um homem negro, 2,10 metros, e cara de quem não come há uma semana, me encarou e me deu boas vindas, com um sorriso de escárnio. Senti que essa rara e quente recepção era a premissa de que sairia de lá duro e fodido. Nunca fui bem-vindo a lugar algum, nem na casa de parentes. Não só não vou foder ninguém, como vou me foder ao entrar. Às vezes me pergunto o porquê de um bovino entrar passivamente no matadouro. Será que o animal não tem nem a minima ideia que vai se dar mal, ao percorrer aqueles corredores mórbidos e asquerosos? Será que não sente o cheiro dos seus mortos? Matadouros fedem a morte velha, um putrido odor ferroso de sangue velho com carcaças apodrecidas. O bovino e o humano não são tão diferentes assim, pois afinal de contas, senti-me como um deles ao percorrer aquele corredor longo e acarpetado, com cheiro de mofo. Fui adiante. Afinal, somos mamiferos e isso já é parentesco o suficiente.<br />
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Ao adentrar o salão principal, uma música me invadiu os ouvidos, era o atual caipira show business, com aquelas duplas que capricham nos gritos, como se ainda trabalhassem na lavoura. Caipiras filhos de uma puta, agora inundam os ouvidos metropolitanos com suas notas e suas calças agarradas....enfim, sentei numa mesinha apertada, de canto, o canto mais escuro, e esperei o garçom mais próximo. Ele me olhou na cara, à distância, e de forma sarcástica já foi me avisando que não aceitam cartão de crédito e nem vale-refeição. Desgraçado trabalha como garçom de zona e ainda quer me tirar de pobre, por isso pedi ao imbecil que me servisse algo que porra de casa noturna nenhuma tem: um brandy, só pra mostrar pra este merda que eu tenho estilo.Disse ainda com sotaque britânico, para tornar a coisa ainda mais depreciativa.<br />
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"Olha moço, não sei se tem, vou checar no bar. Percebi que o Sr sabe o que é bom, por isso vou te dar uma dica: tem uma menina que trabalha aqui que é uma loucura. Se chama Lana. Se quiser, posso traze-la aqui na sua mesa"<br />
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Olhei fixamente em seus olhos negros e em pensamento mandei-o tomar no cu. No entanto, como sou eu, como eu sou...disse que tudo bem.<br />
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"Moço, não tem breidi não. O sr vai ter que pedir outra coisa, quer o cardápio?"<br />
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Deixei ele por aquela merda na mesa e fui pelo caminho mais fácil: "Me dá um Whisky. Mas importado, falou?" Mentira, só pedi o whisky. Sabia que era batizado, mesmo eu pedindo importado, iria tomar mijo mesmo. Tomei umas duas doses, depois pedi uma cerveja. Daquele ponto em diante, o sertanejo já era passado, e eles estavam colocando algo como funk carioca. Neste momento, ocorre um anúncio:<br />
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"Senhores, com vocês, direto dos bailes, a sensação da casa, Srta Lana di Capri, a musa varonil, direto dos pampas gaúchos, com sua dança dos bondes cariocas!"<br />
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O local entrou num fervor unico. Engravatados, porteiros, office-boys e motoboys entram numa sincope de gritos, assobios e urros, enquanto a fumaça falsa inunda o palco central. Cinico, pensei num Moulin Rouge decadente, de prostituas fétidas e sifilíticas, em algum ponto da história, sendo repetido aqui.Qual puta caquética haverá de surgir dali.Vislumbrei a entrada dela, vibrante e notoria. Não pude crer no que meus olhos viam. Era Michelangelo, Da Vinci e Botero. Curvas do caralho, cabelos loucos, longos e claros, olhos desenhados, olhos de um verde musgo vibrante e os lábios eram delicados, mas ainda ávidos, protuberantes. Entrei em curto circuito, enquanto ela dançava freneticamente ao som daquele abominável ritmo, que só serve de lubrificante para atos sexuais. Não é que o viado estava certo? Que mulher...<br />
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Meu instinto patriarcal pensou em protege-la, salva-la e lhe dar abrigo. Já o instinto sexual pedia para que eu a possuisse, que lhe tomasse as carnes, lhe sorvesse seus fluidos, lhe penetrasse incessantemente e me afogasse em seus seios. Meu instinto de sobrevivencia olhava para a carteira e se assentava na dura realidade de um trabalhador. Sempre fiz isso, sempre achei que era um reles merda, e que não merecia mulher alguma. Mas ela...ela me dava uma sensação de paz, de fluidez moral e de que o mundo produz coisas boas. O coração acelerou e entrei numa ansiedade sudorenta. Chamei o merda do garçom.<br />
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"Oh amizade, essa é a tal Lana? Quanto morre ali, em reais?"<br />
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"Não sei, tem caras aqui que dariam o rabo por uma noite com ela, mas pra você não deve sair por menos de mil"<br />
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Instintos a parte, mil reais é dinheiro pra caralho. Nada comparado aos dois mil que aquele bosta do Geneci me filou, mas ainda é bastante dinheiro. E se ela me engrupir? E se for tudo uma armação desta casa pra tirar mais dinheiro de otários miseráveis como eu? Fiquei pensando se iria travar com ela, ou melhor, brochar mesmo. Instintos a parte, olhei calado pra cara daquele cafetão servente de chopp e pedi que a trouxesse após o show. Certamente este dejeto iria extorquir a moça pela indicação, mas ela que se vire com ele.<br />
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Meia hora depois de rebolados, musica ruim e muitos gritos masculinos e ela veio, sentou-se em minha mesa, cruzou as pernas e ficou me olhando. Após alguns desconfortáveis segundos, ela quebra o gelo e me pergunta se queria ve-la. Eu fui tácito, firmei a fala, pigarreei e disse:<br />
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"Quer alguma coisa? Cerveja?"<br />
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"Eu que te pergunto, ele me disse que você estava interessado. Não bebo, e estou aqui pra gente discutir o programa, meu amor" disse ela.<br />
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Aquilo foi um chute no peito. Perdi o ar, e comecei a olhar pro lado, uma característica de quando sei que vou travar, gaguejar e colocar meu rabo entre as pernas. Pedi a ela que me desse os detalhes do programa, valores etc. Assim saberia que ela iria falar bastante, me deixando respirar um pouco.<br />
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"Então, aqui em cima tem uns quartos, o periodo é de 45 minutos, mil reais, camisinha sempre, luz fraca e celular desligado. Se eu ver você tirando fotos ou filmando chamo o negão lá embaixo pra te dar um jeito. Você vai gostar, meu amor"<br />
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Naquele momento, todo aquele frisson se transformou em desprezo. Eu desprezava aquela mulher, sua fala ríspida, o ato de me chamar de "meu amor". Tudo me enojava, mas eu estava com muito tesão, e concordei com o proposto por ela, desde que pudéssemos ir a um motel. Ela discordou totalmente, e disse que isto estava fora de questão, uma vez que ela não deixaria a proteção da casa. Eu me calei, mas ela surpreendentemente acabou concordando, dizendo me considerar inofensivo.Aquilo foi duro, mas concordei, naturalmente. Ela me disse para que esperasse ela, as duas da manhã, na esquina, que ela viria até mim. Concordei e paguei a conta, indo direto para o meu carro, encostando na esquina mais próxima. Faltavam somente uns 40 minutos pras duas, e fiquei pensando naquele "inofensivo". O que ela quis dizer com aquilo? Seria um deboche, uma forma de me diminuir? Estaria ela rindo da minha timidez? Eu devia tratar esta merda, só me causa inconvenientes. Me disseram que os médicos tem uma droga nova...sei lá. Minhas mãos suavam, a hora não passava.<br />
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Eis que pela esquina, ouço o cloc cloc de saltos andando em velocidade. Abro os vidros, e a chamo. Ela me vê e entra no carro, já mal-humorada.<br />
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"Nem sei porque concordei com isso. Acho que não quero voltar pra casa, sei lá. Aonde vamos?"<br />
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"Não sei, acho que tem um motel a algumas quadras"<br />
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"Olha só, meu amor, eu cobro antecipadamente. Se você não tiver o dinheiro, me deixa ali naquele ponto, porque não confio em homem."<br />
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"Sei, mil reais né?"<br />
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"Não, mil reais é o preço da casa. Eles ficam com 70%. Eu cobro 300. Mas são adiantados".<br />
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"Tudo bem, eu tenho aqui na carteira".<br />
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Paguei, ela embolsou o dinheiro, e eu, liso, me dirigi ao motel. Entramos e ela disse que precisava de um banho. Meu coração não parava, uma mulher daquelas, num quarto de motel comigo, como faço? Tasco-lhe um beijo? Ela é grossa, talvez vá me tratar mal, não sei se posso lidar com essa rejeição. Ela fica me chamando de "meu amor"já estou de saco cheio disso, me sinto um idiota. E ainda paguei para isso! O banho é longo, e eis que surge aquele monumento, nua em pelo, com os cabelos semi-umidos, longe daquele semblante de dançarina hiper maquiada, ela estava ao natural, no auge da sua origem européia, pedigree dessa gente do sul. Ela me pediu que me despisse, e fosse tomar um banho. Eu fui, mas vestido.<br />
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Alguns minutos depois saio do banho e lá está ela, deitada de lado, passando os dedinhos pelo seu smartphone de ultima geração, bocejando solenemente, entediada e louca pra que aquilo acabasse logo. Deitei ao seu lado, tirei a toalha rapidamente e num rompante, respirei fundo, passando as mãos levemente em seus seios. Ela gemeu. Veja só, a puta de concreto sente algo! Ela veio para cima e me abocanhou o orgão, mas não sei porque, não tinha reação. Aonde estava meu tesão? O que ocorre? Quanto mais eu me questiono, mais meu coração dispara, mais eu me retraio e mais eu não esboço reação. Surpresa, ela quer saber o porquê daquilo, e eu simplesmente não sei explicar.<br />
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"O que foi, não tá gostando?"<br />
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"Não sei, hoje foi um dia duro, e ainda tomei todos aqueles drinks...sabe como é?"<br />
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"Não, não sei. Olha, meu amor, o tempo tá correndo, se não quiser é só falar, ponho minha roupa e você me deixa num ponto de taxi qualquer."<br />
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Me senti despedaçado, humilhado, rebaixado e fiquei calado, inerte, deitado olhando para o teto de espelhos. Observava com o canto dos olhos ela já se movimentando para por a roupa, murmurando pequenos insultos em gauchês. Olhei para o meu cinto, pendurado na cadeira e enquanto ela continuava a insultar, falou:<br />
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"To pronta, meu amor. Deste mato não sai coelho, e eu tenho que ir. Uma pena que você já pagou, porque não aceito devoluções", e riu solenemente.<br />
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Ao ve-la virar de costas, vim por trás e passei meu cinto ao redor de sua garganta. Ela deu um grito abafado. Levantei-a do chão, fechei a fivela, e apertei mais. Aquele ultimo "meu amor" me descontrolou. Com sua garganta apertada por aquela tira de couro, seus gritos eram silenciosos. Ela se debateu bastante, me arranhou os braços e tentou chutar meu saco. Foi em vão. Ouvi o estalo da traqueia, quando ela desfaleceu no chão, seu rosto antes alvo e imaculado, agora era roxo e com veias saltadas. Seus olhos estavam vidrados, meio abertos, e aparentemente ela houvera se urinado toda. Sua lingua estava saltada da boca. Aos poucos minha respiração foi ficando mais lenta e percebi o que fiz. Senti um misto de realização e raiva do que estava por vir. Sabia que iria me foder novamente.<br />
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Ao me vestir, tirei o cinto do seu pescoço e deixei-a sobre a cama, em posição digna, cobrindo-a com um cobertor. Paguei o motel, disse ao caixa que ela sairia depois e me mandei dali. Balela, olhei para o banco do passageiro e a vi, calada, pensativa e apontando para onde queria que a deixasse. Eu não a matei, minha timidez não deixou. A fantasia de te-la matado me fez sentir mais homem, mais seguro do que aquela brochada queria me fazer crer. Ao deixa-la no ponto de taxi, ela me disse que não faria aquilo pra sempre, que era estudante de artes cênicas e que sonhava em atuar. Por um momento eu a perdoei por ser tão estúpida e percebi que aquele belo rosto era só um semblante repleto de sonhos, que procurou o mais fácil para buscar o mais difícil. Por um momento, somente por um momento, eu admirei-a, e fui empático à sua luta.<br />
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"Tchau, meu amor. A gente se vê", ela disse.<br />
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Será que o Geneci vai estar ocupado amanhã?<br />
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<br />Luciano BNhttp://www.blogger.com/profile/17100194971798704813noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8479456420875472609.post-24991038030508823832016-03-22T13:23:00.001-07:002016-03-22T18:09:24.517-07:00O Brasil e A Síndrome de Travis BickleTravis Bickle, magistralmente interpretado por Robert de Niro no filme "Taxi Driver", de 1976, dirigido por Martin Scorcese, é o clássico inconformado. Quem viu o filme (para mim, a maior obra de arte que o cinema já produziu), pode muito bem assimilar a faceta moralista, mas falsa heroica, de Travis, que nos remete ao nosso lado mais profundo e insano: nosso lado justiceiro.<br />
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Profundo e insano porque clamamos ao justiceiro quando a justiça nos falta. Queremos resolver com as próprias mãos quando as autoridades nos falham proteger. Justificamos os meios com atos heroicos, esquecendo nossas próprias falhas e refletindo-as no próximo, sentindo-nos absolvidos. Travis sofria deste mal. Como ex-fuzileiro naval americano, locado no Vietnã, Travis volta com sérios problemas psicológicos, submergindo numa maré de ódio e amor pela sociedade, buscando meios de evitar enfrentar os males da sociedade moderna, com o cinismo latente que enfrentamos normalmente. Não, para Travis nada passava em branco. Desde um cafetão de adolescentes monstruoso, a um político clichê, fanfarrão e populista, nada era cinicamente ignorado por sua espada de justiça própria.<br />
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Seus conceitos tortos de retidão moral o afligiam, e de certa forma, coordenavam seus atos impensados. Não saberia dizer ao certo em qual ponto do filme ele perde os sentidos do certo e errado, mas creio que ao comprar armas ilegais, de calibre absurdo, o mesmo assina seu tratado de loucura. Ao assistir Taxi Driver pela "nonagésima" vez, me vejo fazendo um paralelo estranho. Estaria o brasileiro moderno encarnando seu Travis Bickle moral?<br />
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Desde a disseminação de programas policiais, apresentados pelos mesmos arautos da moralidade de sempre, até os políticos que clamam às famílias como salvação da perdição humana, passando pelos evangélicos bitolados que proferem sempre as mesmas palavras de ordem, o cenário brasileiro é caótico e faminto por autoritarismo. Creio que o descaso governamental com as questões sociais mais latentes do país nestes ultimos quarenta anos criou uma infestação de banditismo crônico na sociedade. Vivemos tempos complicados, dignos de guerra civil, com mortes decorrentes da violência em crimes cada dia mais graves, violência policial, doméstica etc... . Pessoas inocentes morrem diariamente de forma cruel, crianças são violentadas e mortas, pessoas surtam no trânsito, mulheres sofrem estupros e violência sexual...o país é um poço de estatísticas repletas de sangue.<br />
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Não bastasse a violência, estamos cercados de imoralidade. A babilônia brasileira tem safadeza para todos os gostos. Somos sexualmente criteriosos, os brasileiros, mas adoramos expor sensualidade nos meios de comunicação populares, nas expressões artisticas e nas esquinas da vida. O brasileiro é um ávido consumidor do tesão in the box, até como um meio de se livrar de suas amarras cristãs, fruto do paradigma católico latino americano, repleto de hipocrisias de castidade falsa. Há mais imoralidade nas relações institucionais, politicas ou não, com uma corruptocracia da qual o pais não consegue se livrar. Nada mais natural, num país onde o jeitinho sempre foi a forma inerente do brasileiro agir nas situações de maior dificuldade. Conhecimento e educação nunca foram a forma propagada de crescimento desta sociedade. Gerson sempre venceu, e ainda vencerá por muito tempo.<br />
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Por fim, num cenário carnavalesco como este, temos a justiça brasileira, que vive assoberbada de processos, com leis estapafúrdias, dúbias, que tornam qualquer questão jurídica uma caminhada tortuosa, com ações, e mais ações, impugnações, instrumentos legais diversos, perfeitos para que um contraventor e criminoso consigam se livrar da punição, se tiver um bom advogado.<br />
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O momento atual da nação é delicado. Palavras de ordem são cantadas, e vejo o brasileiro comum querendo a cabeça de alguém, só não sabe de quem, para saciar suas falhas mais tangíveis. A sindrome de Travis Bickle assombra esta maioria esmagadora do país, que deseja sangue de políticos, de bandidos, do padeiro da esquina que vende pão caro, da agencia de turismo que aumentou as passagens, do babaca que nos fechou no transito ou do motoboy que nos deu o dedo médio. Quem viu o filme, sabe como isto termina. O justiceiro quase sempre comete a injustiça. A paz de sua mente é dispor dos conceitos de justiça para benefício próprio, no que ele entende ser de todos. Queremos tudo, neste momento. Não sabemos bem o quê. É impeachment, prisões, delações, mortes etc...estamos cegos de ódio.<br />
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Não sejamos Travis. Sabemos que a justiça será rápida para os atuais anseios da nação, especialmente os políticos. Não é possível pedir justiça sem antes olharmos para nós mesmos, e percebemos que eles são um reflexo nosso. Somos errados em essência, somos parte de um país de pessoas pobres, parcamente educadas, que vivem para o dia seguinte, tão somente. O justicialismo só deflagra o ódio, e dele vemos que a humanidade está repleta. No fim, todos querem ver Travis Bickle como um herói, um homem comum, que ousou se impor, como ele mesmo disse. Não se esqueçam que , no filme, ele também diz: "Todos os animais saem a noite: prostituas, vadias, viados, transsexuais, drogados, alcoólatras, cafetões,traficantes. Um dia virá uma chuva, e varrerá toda esta escória do mundo!". Intolerância e delírios de limpeza social...pensemos bem antes de deflagrarmos o Travis Bickle interno. Pensem que antes de qualquer julgamento, resta o nosso próprio. Sociopatia não é querer o bem do país. É doença, e toda a sociedade brasileira está doente.<br />
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<br />Luciano BNhttp://www.blogger.com/profile/17100194971798704813noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8479456420875472609.post-44381475286811546002016-03-04T10:01:00.000-08:002016-03-04T10:02:32.434-08:00Corta Pra Esquerda, Corta Pra Direita e....Espanta-me a evolução da extrema direita pelo mundo afora. Por que tal movimento político tem tido tanta influencia no imaginário popular de tantas nações mundiais? Muita coisa explica tal fato, mas a razão principal é o fracasso da esquerda, como um todo, no mundo.<br />
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No início dos anos 2000, vivemos uma onda esquerdista que varreu o mundo, com novas idéias trabalhistas, um preocupação profunda com o social e com a acensão das ondas imigratórias, um posicionamento mais político para esta agenda tão complicada, alocando tais imigrantes e inserindo-os num cenário menos marginal. A coisa toda se iniciou na Europa, na França especialmente, Espanha, Inglaterra, Portugal...enfim, os partidos socialistas acenderam ao poder com grande sucesso neste período. Na época, a Europa passava por uma crise de desemprego profundo, com as instituições desacreditadas e o continente inteiro passando por uma reflexão profunda nas relações de trabalho, adequando-se horas de serviço e reduzindo salários, para a alocação do máximo de empregados possíveis. Em termos gerais, tais políticas de readequação trabalhista foi muito bem sucedida, e isso combinado a uma seguridade social forte, fez com que o continente tivesse índices de crescimento muito bons no período.<br />
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Mas a contrapartida foi a explosão das previdências sociais dos países. O implemento do welfare system, e suas benesses alargadas à uma população mais envelhecida, que não se renova com tanta velocidade, logo é pouco economicamente ativa, levou os Estados a uma gastança com pouca arrecadação, consequentemente à beira do caos econômico.<br />
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Nesta segunda decada do século, a coisa mudou 180°, com uma nova ameaça à estabilidade européia: a imigração incontrolável. Com os conflitos no Oriente Médio, a Europa se viu assolada por milhões de imigrantes advindos das mais diversas regiões da Asia menor e do norte da África, nas ex colonias. Qual foi a resposta da população da CE? A adoção da retorica fascista, que busca retomar o nacionalismo nos países que temem a perda da identidade, e pior, da segurança nacional com a crescente ameaça terrorista do ISIS. No fim, a Europa, berço da esquerda moderna, se volta para a direita, com seu discurso protecionista, entrando numa espiral que pode ter consequencias catastróficas, aumentando o medo da população, incentivando a ascensão de pensamentos perigosos.<br />
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Na América Latina a esquerda agoniza por outras razões. Nós não temos delirios xenofóbicos como nossos primos distantes da Europa, pois não somos, por assim dizer, uma rota imigratoria de países em guerra. O calcanhar de Aquiles da nossa esquerda foi o flerte com a longevidade no poder, o egocentrismo e a ganância dos nossos representantes, desde a Venezuela, que tentou criar uma nova Cuba, até a Argentina, onde a presidente de tão desastrosa recebeu uma carinhosa alcunha de sobrenome denominada Kirchnerismo. No Brasil, a esquerda tombou pela corrupção, pela prevaricação e pela promiscuidade com empresas privadas, loucas para prover favores aos gestores governamentais em troca de ganhos em ilícitas licitações, especialmente para construção, por meio das empreiteiras. Antes disso, o sagaz ex presidente Lula já havia se envolvido num absurdo escandalo de corrupção o qual jamais conseguiram provar sua ativa participação: o Mensalão.<br />
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Todas estas manobras dentro do continente partiam do pressuposto da total cegueira popular diante da catastofre economica que nos esperava, mediante a troca de benefícios populares, com programas sociais de largo espectro, beneficiando milhões de familias com maciças ajudas governamentais. Assim como na Europa, o welfare system sulamericano não se sustentou e ruiu, relegando à esquerda mais uma prova de seu fracasso frente a gestão economica de seus países.<br />
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A contrapartida foi a insurgência de governos de direita, como o de Mauricio Macri, na Argentina, resultante da larga insatisfação popular da esquerda claudicante. No Brasil surgem vozes de ultra direita, uber nacionalistas como Jair Bolsonaro, que prega um discurso falso moralista homofóbico, radical e perigosíssimo num país como o nosso, onde o índice educacional é pífio, beirando o inexistente. A que ponto a esquerda conseguiu ser incompetente, preocupada em criar uma "quimera" socialista, sem se preocupar com questões mais urgentes, como a inflação galopante. Não cuidaram da infraestrutura do país, já sucateada pelo partido antecessor, com parque energético falido, educação e saúde ainda em estado lastimável. Não mudaram o discurso do partido anterior, pior, aumentaram os defeitos dos mesmos, prevaricando na Petrobrás, levando à beira da falência a maior e mais importante empresa do país. Capitalizaram em cima de financiamentos absurdos de campanha, com troca de favores e lobbies nojentos, que culminaram com o maior escândalo de corrupção já visto no Brasil.<br />
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No restante do mundo, o perigo se intensifica. Donald Trump, magnata americano, está chegando forte nas primárias do partido Republicano por meio de um discurso de ódio, preconceito e homofobia. Logo os EUA, que demonstraram nas urnas a intenção de mudar o rumo de sua política, após um desastroso governo Bush Filho, ao eleger um democrata claramente socialista, Barack Obama, se trai novamente e aventa a possibilidade de eleger um homem repulsivo, de discurso perigoso.<br />
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Dos designios da esquerda ao falastrismo da direita, a politica como um todo clama por uma terceira via. Parece papo antigo, coisa de sonhador, mas não é. O bom senso deveria caminhar junto da politica e com um historico de tantas guerras, conflitos e falta de vergonha na condução desta vã ciencia, já éramos para ter aprendido que a polarização de idéias somente nos trouxeram tragédias, cerceando discussões e atrasando o desenvolvimento humano em décadas. Direita ou esquerda, tente fugir do radical. Prefira a moderação!<br />
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<br />Luciano BNhttp://www.blogger.com/profile/17100194971798704813noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8479456420875472609.post-70719758249684613492016-02-24T05:20:00.001-08:002016-02-24T11:19:17.633-08:00Revolución, Camarada!<div class="" data-block="true" data-offset-key="bb0r2-0-0" style="background-color: white;">
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<span style="color: #141823; font-family: "helvetica" , "arial" , sans-serif;"><span style="font-size: 14px; line-height: 18px; white-space: pre-wrap;">Gosto de revoluções, mudanças extremas, quebra de paradigmas. Por 12 anos, o país colocou fé numa suposta revolução encabeçada por um lider trabalhista supostamente ilibado, com trejeitos e maneirismos populares. Era o sonho das classes menos abastadas do país assoladas pelos frequentes governos das, e para as oligarquias, que marginalizavam qualquer movimento que sequer tocasse a questão social como cerne de uma gestão.
Doze anos depois, o que mudou? Qual foi a revolução? Houve sequer uma tentativa de implantação de um socialismo, na acepção da palavra? Tudo que vejo são denúncias e mais denúncias. Investigações profundas, resultados nefastos de 12 anos em que todos se abstraíram da verdade e se traíram também, por meio de uma vã tentativa governamental de aumentar o poder de compra das classes C e D, expandindo crédito, sem que houvesse lastro econômico e educação suficiente da população para te-lo.
A manutenção deste longo período de unipartidarismo, no executivo federal, deixou marcas. Ainda que haja alguns poucos tolos falando em golpe - aliás, este conceito é tão fora de contexto, visto que o golpe surge das diferenças ideológicas entre os supostos golpistas e a situação. O PSDB e o PT são farinha do mesmo saco!! - ou seja, golpe só se for pra inglês ver.
O que o Brasil precisa não é dos esquerdas radicais cegos e nem dos coxinhas que adoram comprar na Flórida, batendo suas panelas como imbecis em suas varandas, no alto seus apartamentos inflacionados pela especulação imobiliária absurda, decorrente do...crédito petista!! Sim, você bate panela contra o PT, mas seu imóvel milionário vale o que vale hoje por conta de um erro crasso dos pensadores econômicos nomeados pelo partido. Ou seja, ironicamente, a sua riqueza patrimonial advém das cagadas petistas.
O Brasil precisa, sim, de um choque de gestão. E isso vai muito além dos anseios da classe média que quer viajar, ou dos revolucionários de boutique, em seus centros acadêmicos de universidades.Significa romper com o sistema atual de governança, enxugar o legislativo, diminuir as benesses ao funcionalismo público, investigar prefeituras profundamente, assim como suas câmaras legislativas. Enxugar a máquina, como um todo. Momentos como este exigem gestões apolíticas, voltadas para um objetivo único: a recuperação do moral popular, da confiança no país, nas instituições e em seus gestores. Acabou, o Brasil que conhecemos morreu e teve que morrer! A corrupção e a Lei de Gerson precisam ser apagadas da psique desta nação. Aliás, o brasileiro se questiona se ele é ou não um povo. Ou se é só um bando de seres humanos, em tese, com educação e cultura em declínio, quase que esperando avidamente pelo próximo salvador da patria, que nunca virá.
A unica revolução que vi, até hoje, em 35 anos de vida, neste país, esta sendo feita pela Policia Federal, em suas operações com nomes irônicos, frutos de uma geração de agentes que agem mais, e falam menos. Pode-se até questionar as prisões, as fases de investigação e suas condutas. Mas não se pode negar que a suposta revolução de 12 anos atrás não passou de papo de pastor de igreja evangélica. Era só mais do mesmo, já eles só queriam o que todos os outros canalhas da republica sempre quiseram: extirpar o país, locupletar-se do ganho patrimonial irrestrito e flertar com o ditatorialismo nojento. Nada mudou.
Viva la revolución, PF! </span></span></div>
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Luciano BNhttp://www.blogger.com/profile/17100194971798704813noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8479456420875472609.post-90026656211561569942016-02-12T08:04:00.000-08:002016-09-21T13:34:16.375-07:00Sobre o Carnaval e a Humanidade<br />
No bloco da saudade já desfilei, cantando versinhos, balançando os braços e, olhando meu suor farto, declinei da festa. Pensei na humanidade.<br />
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Dos foliões de edredon, ao pândegos das ruas, o que nos resta para filosofar nesta festa tão sui generis, tão cheia de exotismo, contudo questionada? A alegria tênue, que permeia entre o descontrole da dança e o embarque dolorido em um mundo alcoólico faz com que pensemos na necessidade humana unica de curtir até o mais espremido espaço, dentre tantos, ocupados por pessoas, igualmente alegres, que exacerbam o limite do corpo, colocando sobre seus ombros adornos e fantasias abrasivos, pesados, duros, só pelo momento, pelo escarnio, deboche, sensualidade e mídia.<br />
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O Carma intenso das dores quase nos remetem a meditação plena, onde o transe, neste caso, advém das batidas intensas dos tambores e bumbos, que marcam os ritmos e fazem o sangue destes foliões ebulirem em ato continuo, até que suas forças se esvaziem num corpo fétido, caído, ébrio e escaldado do calor intenso desta parte do trópico. Que engraçado perceber o quanto queremos estar próximos uns dos outros neste momento.<br />
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A humanidade é tão fria. Olhamos ao nosso lado e interações não mais existem. Olhares são mal interpretados, abraços são vistos com grande reserva, especialmente se vindos do mesmo sexo. O toque humano nos falta, e se ocorrem, vem acompanhados de grande relutância. A solidão escalda a sociedade moderna, assim como o sol do meio dia escalda aqueles foliões suados em um bloco qualquer. E a alegria? É fabricada? Será que não agimos fora da curva porque já vivemos em reclusão atualmente? É como se tivéssemos que explodir a cada feriado, a cada lapso de tempo que passamos longe de nossas entediantes mesas de trabalho.<br />
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O carnaval não é tudo isso, não. E nunca foi. Hoje, então, nem se fala, pois dos costumes de outrora, da curtição tranquila e dos bailes infinitos dos clubes sociais só nos restam as migalhas. O feriado virou business, para os artistas celebrados e para os não tão celebrados assim. Um midiático show de mulheres testosterógenas, homens estranhos, patrocinadores de eventos e trios elétricos repletos de babaquices para quem deseja ser privado de seus sentidos. Para os meros mortais virou uma desculpa para bebedeiras, comilanças, liberação de agressividade, demonstração de desrespeito e muita, mas muita desilusão. Sim, desilusão! O carnaval é o opiáceo do folião e o cativa pela promessa de um período de intensas experiências, mas o destrói como resultado delas. O resultado são picos de alegria e fossas abissais de depressão, numa montanha russa de experiencias profundas que somente atiçam o que há de pior na humanidade de hoje: o imediatismo das sensações.<br />
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Eu olho para o carnaval com olhos de saudade, porém críticos. É uma visão de sintomas graves, como a ver um drogado dizer que está bem, que está sóbrio. Uma miríade de coisas passam pela mente, ao ver o carnaval pelo Brasil, na tela da tevê, como diz o bordão. Muitas delas, são de pura indiferença, de desapego por um período festivo que tanto foi uma expressão das camadas mais esquecidas da sociedade, e que hoje é um showcase para ricos e milionários exporem seus abdomens negativos, ou seus fantasiosos dedos ao ar, a marcar os ritmos rompantes. Era uma festa do povo, hoje é um espelho da decadência humana, e do elitismo prosaico, ordinário, marcado por gente que jamais viveu o carnaval em sua essência, somente suga, sorve a mesma.<br />
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...é que o folião nunca tem razão, ele apenas aproveita a ocasião...<br />
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Luciano BNhttp://www.blogger.com/profile/17100194971798704813noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8479456420875472609.post-46052635924527767752015-07-10T11:23:00.000-07:002015-07-10T11:23:07.177-07:00Virtude Virtual<div style="text-align: justify;">
Há quem diga que a humildade é a maior das virtudes humanas, e que aquele que a cultiva coleciona as benesses de uma vida plena e livre de ódios e rancores, contra si ou outrem. A virtude de se aceitar a perda é o que faz com que pensemos no quão vão é conviver com um materialismo cronico. </div>
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A virtude de saber perder não reside em somente reconhecer a glória do vencedor. Muitas vezes, você perde para si mesmo, para sua arrogância, autoconfiança exagerada. A virtude real é saber quando exatamente você já perdeu, e não reconhecer após a derrota acachapante. Virtuoso ou defeituoso, eu perdi.</div>
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De fato, não me sinto virtuoso. O que fazer além de entoar a derrota, tilintando copos e copos de bebida, e buscar uma forma de vencer novamente? A vida não é uma competição, eu não compito com nada neste mundo. Todavia medimos a vitória pelo vão capital, pela acumulação dele, pelos nossos sorrisos hostis e debochados após cada milhar em nossas contas rotas. Virtude de fingir humildade, mas na verdade dizer para si mesmo: "ainda bem que venci!", como num alívio escroto perante um mundo repleto de defeitos e cisões por conta de pessoas que competem.</div>
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É uma guerra silenciosa, onde cada virtuoso potencial busca seu espaço estreito numa baia d´agua quase árida, como um equino a arfar litros após uma longa cavalgada. Onde fica a humildade quando somos esmagados pela sociedade de consumo e suas artimanhas para nos expor como criaturas inadequadas e impulsivas? Olhar para o lado e pedir passagem não é uma opção.</div>
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No transito somos como hordas de animais irracionais cruzando vias com nosso ego disfarçado de toneladas de aço, buzinando, empurrando, gritando e...competindo pela melhor oportunidade de fazer o mesmo em menos tempo. Vejo mais ordem numa manada de búfalos a romper as savanas africanas. A humildade se esvai na vã ideia que somos bons quando despidos da nossa proteção material, e não somos. Somos maus, irritados, canalhas, justamente porque pensamos que o nosso semelhante quer nos vencer, nos derrotar a cada sinal verde. </div>
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Nos sentimos derrotados quando o saldo está negativo, e quando gastamos mais do que ganhamos. Aí compensamos com mais gastos, pois a cultura da tristeza pelo não consumo nos atinge como um homem de barriga cheia num banquete real. Com a virtuosidade do presente, do material como forma de compensar, nos tornamos defeituosos sem perceber, entoando em nossas mentes um mantra repetitivo: trabalho mais, ganho mais, compro mais, satisfaço mais, desiludo mais, trabalho mais...e assim em diante para no fim perceber que somente dedicamos horas ao trabalho para que a recompensa seja maior, de forma que a usemos para indulgencia pessoal, para logo após voltar ao trabalho competitivo e estafante, de forma a maximizar cada vez mais pequenos e curtos momentos de prazer meramente ilusório. </div>
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Me sinto derrotado por não ter seguido os planos traçados ainda na juventude. Engraçado ver como planejamos e criamos situações para que nada mude, mas que dentro de nós incendiamos um desejo mordaz de mudança. Somos contradições virtuosas. De manhã acordamos pensando em mudar nossas vidas, de noite vamos pra cama com o desejo que nada mude, e que nosso aconchego financeiro/emocional se mantenha. Mas minha derrota é mais que isso. Perdi porque me faltam virtudes morais e humanas. Nossa sociedade moderna é derrotada mesmo quando ela se sente vitoriosa.</div>
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A virtude da beleza é a mais destruidora. Defeito em querer parecer belo sob todos os aspectos, da vaidade desenfreada à esdruxula auto desvalorização para que possa buscar ser mais belo. A vaidade é ciclicamente frustrante, pois vai de encontro a uma realidade inexorável: o envelhecimento. A virtude é envelhecer bem, o defeito é estar velho. Eu estou ficando velho. Sempre achei-me desprovido da virtude da beleza, mas descobri que o defeito de ficar velho é meu grande companheiro. Por vezes sinto que estou mais velho e acabado que muitos homens da minha idade, mas não me sinto menos ou mais virtuoso que eles. Me sinto...igual. </div>
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Da concepção a primeira desilusão, do auto conhecimento à morte vindoura, nos sentimos centro do universo quando nos sentimos virtuosos. No entanto, estamos recheados de defeitos ilógicos, frutos da nossa própria necessidade em exaurir o máximo de nossas personalidades egoístas. Comparamos nosso sucesso ao do nosso semelhante, e seu nível de fracasso. Sempre achei que a maior virtude do mundo estava em adquirir conhecimento e repassa-lo, simplesmente, por querer ver a evolução humana calcada nas suas habilidades naturais de constante evolução. Nem fodendo! A virtude do mundo é ser sexy, atraente, rico, culto, insensível, frio e calculista. Os defeitos são ser sentimental, gordos, pobres, desleixados e desorganizados. Gente assim é cuspida deste mundo como dejetos do anus de um elefante.</div>
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Não há virtudes válidas para quem não circula nas concepções básicas de seres humanos competitivos, oportunistas e sádicos. Não há espaço para os humildes, propalados como os verdadeiros virtuosos, e nem para os de coração mole. O defeito é se importar. </div>
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Luciano BNhttp://www.blogger.com/profile/17100194971798704813noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8479456420875472609.post-16627369255195729212015-02-17T11:10:00.002-08:002016-02-24T11:36:12.221-08:00Café e Eu....- Ei, autor deste blog, venha cá, vamos conversar!<br />
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- Sim, sou todo ouvidos.<br />
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- Tu não te cansas de ser tão imbecil?<br />
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- Imbecil por quê? Não gosta do que lês?<br />
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- Nem preciso ler. Pelos titulos de suas publicações, já te odeio amargamente.<br />
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- Ora, amigo hater, não podes me julgar só pelos meus titulos. Meu conteúdo deve ter algum valor.<br />
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- Não tem valor algum, tu me deprimes, me calunias sem nem mesmo me ofenderes. Tu és tudo aquilo que não preciso em minha vida, tu és petista, promiscuo, depravado e corno de si próprio.<br />
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- Agora passou de hater a brigão. Te identificas com algo, comente. Gosto de comentários contra mim, aprecio o contragosto e prefiro um bom critico veemente a uma claque ignóbia.<br />
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- Não ponho em palavras escritas minhas discordâncias com quem quer que seja. Eu te enfrento como o câncer que tu és, que tu TENS!<br />
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- Pois me enfrentes! Queres um café?<br />
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- Claro, pois não, se não for muito incomodo.<br />
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- De forma alguma. Pois afinal, quem é este ser que me odeia tanto?<br />
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Engenheiro da vida, pois sim! É o termo que cunho para descrever quem mais haveria de ojerizar bloguinho tão rasteiro e careta como este. Engenheiro da vida...pois vale a dissertação.<br />
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Xícara número 1:<br />
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- Para começar, critico-te por seres hipócrita! O que fazes por trás deste teclado? Tu praticas o que pregas?<br />
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- Como, sou um pastor? Não prego absolutamente nada. Só exponho minha visão enviesada do mundo. Aqui estou certo acima dos fatos. Quem disse que preciso ser para dizer?<br />
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- Ah sim. Como tu tens a pachorra de se declarar ao mundo feminino em narrativas aparentemente tórridas e languidas, quando na verdade, pelo que vejo de ti, não passas de um homenzinho ordinário e comum? Que mulher veria em ti algum valor?<br />
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- Por atributos físicos sim, critica aceita. Quaisquer outros atributos intangíveis valem uma minima atenção feminina. Veja, caro hater, vivemos na sociedade atual uma relação de amor e ódio com as mulheres. Por um lado, temos a fertilidade a nortear e ebulir nossas mentes. Por outro, vemos a carne, mas vemos o comportamento. Sua mulher, está satisfeita, oh engenheiro?<br />
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- Como assim, queres passar de um autorzinho anonimo, para um autorzinho morto? Talvez alguém te valorizes estes vãos escritos após morreres...<br />
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- Não há necessidade, meu caro, de me capitalizar. Veja, pergunto porque você me parece tão defensor da boa aparência para que um possa discorrer sobre a complexidade feminina. Será que sua mulher está satisfeita com seus dotes? Sempre pode se melhorar...<br />
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- Continuo dizendo a ti, tomes cuidado para não teres tua boca quebrada. Não sou como os leitores vagabundos e desmiolados que cultivam tuas idéias desconexas!<br />
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- Eu não preciso de autorização de qualquer mulher deste mundo para me derreter em palavras calorosas por elas. Escrevo, tomo-as de assalto, faço de suas personalidades minha paleta e tela...<br />
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- Quanta pretensão, ah...<br />
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- De fato, o que você, nobre engenheiro da vida, faz pelo feminino? Planeja? Constrói, tijolo após tijolo, para depois desconstruir e fazer tudo de novo? Tem sentimento pelo que cultiva? Ou somente posse? Aceita mais um café?<br />
<br />
Xícara de café número 2:<br />
<br />
- Tu não me almiscaras o pensamento, socialistazinho dos teclados. Eu sei o que bem faço de minha vida! Não tentes tirar o teu da reta. Aliás, quando foi que tu fizeste diferente dos políticos que criticas? És tu um brasileiro diferente de mim, ou de 200 e tantos milhões deles?<br />
<br />
- Não sou, não. Sou tão brasileiro quanto a imbecilidade dos meus textos permite-me ser. A diferença entre eu e você, é que você vê, mas não nota. Eu noto, escrevo, mas nada faço. Somos ambos inúteis perante a massa, não criamos, não destruímos, não pressionamos, não revolucionamos. O que fazemos? Tomamos café enquanto o país afunda, dia após dia. Se meus textos fazem pelo menos alguém pensar, já ganhei meu dia, mesmo que este já esteja, de fato, perdido.<br />
<br />
- Um grande farsante, isso sim! E quem pensas que és ao ditar se a sociedade está em decadência ou não? Tu decais com ela, meu autor. Me fale, que traços da sua personalidade são mais incoerentes? O bom moço que tu não és, ou o cara politicamente engajado que tu nunca foste?<br />
<br />
- Touché, você me acertou. Finalmente está tendo algum senso esta conversa. Sou decadente, admito. Sexualmente não sou santo, nem religioso sou. Não prego, já disse acima, nada de bons costumes ou bons exemplos para os jovens. Declaro-me culpado do choque constante das palavras, no entanto, que poucos querem ouvir. Veja, nobre engenheiro, você tapa o sol com a peneira. Você acorda de manhã e vislumbra seu dia, seus ganhos, e volta para sua vida cega, ensolarada, como um animal de corte que escapou do matadouro por mais um dia. Eu, meu caro, fico a espera deste dia capital no matadouro, contando os minutos para quando meu dia chegar. Se até lá eu puder espernear bastante, mesmo que este fim seja inevitável, eu o farei. No fim, todos inexoravelmente viraremos alimento desta terra. Nossa unica diferença é a resignação. A minha incoerência é proporcional à complexidade dos dias de hoje. Freud total.<br />
<br />
- Então tu escreves o que não praticas? Estive certo este tempo todo.<br />
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- Você pratica o que diz? Diga-me, quando foi a ultima vez que deu um beijo em seu filho, e rezou por ele?<br />
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- Sempre faço isto!<br />
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- Verdade? Pois este café está bom demais, muito embora não seja um soro de veracidade. Posso te dizer? Você nem nota a existência dele. Você não beija nada, a não ser sua própria imagem de sucesso de cartilha. Seu coração é uma bolha rosada, física, árida, que pulsa pelo simples desejo de ter. Não me julgue como você julga este café, que por sinal, foi feito com pó de quinta.<br />
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- Me dá mais uma xícara!<br />
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<br />
Xícara de café numero 3:<br />
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- Talvez se você me lesse, saberia que o que sempre quis foi fazer o certo, mesmo que o certo não faça mais sentido.<br />
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- Fale por ti, medíocre! Não leio o nonsense que você escreve nem que estivesse com uma Glock em minha cabeça.<br />
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- Pois sim, ninguém te obriga. Mas se quer criticar, tenha base. Não me critique baseado nos seus preceitos pré estabelecidos (redundância) que todos que fogem da reta são medíocres ou covardes. Se eu vejo a sociedade com olhos marejados é porque sinto as pessoas em rota de colisão com seus desvarios. Faço curvas para evitar seu fim doloroso e trágico. Vivendo em retas, chegaria lá mais cedo!<br />
<br />
<br />
- Preciso ir, este assunto não me leva a lugar algum. Já disse o que tinha em meu peito, tu és um farsante, um pessimista clássico, que usa de modos caóticos para subverter uma série de ignorantes que não pensam por conta própria. Faça um favor à sociedade, apague esta antologia de fracassos, e mude-se de país!<br />
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- Se hoje temos visões dispares, não significa que em outro mundo não podemos avizinhar ideologias. Somos, afinal, a mesma pessoa.<br />
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- O que?<br />
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- Consegue se enxergar em alguns manuscritos aqui, ó?<br />
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- Não mesmo, bosteiro! Não me venha catequizar as idéias.<br />
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- Você é meu ideal, cara! Eu olho para você, e vejo o ideal culto, quadrado e conformado que minha alma gostaria de repousar. Pelo contrario, anuncio neste blog o indivíduo desleixado e pusilânime que sou, descompromissado com a realidade, exceto por critica-la, como se este mundo me devesse algo. Mas meu alvo é você.<br />
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- Estranho você dizer isto, pois apesar de tu me pareceres alguém que não transa a realidade e se abstém dela como um pássaro que vai de encontro a um vidro translucido, eu também te admiro o cinismo. Que lado deste corpo tu deténs?<br />
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- O lado obscuro e sombrio. E você?<br />
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- O lado mecânico, que involuntariamente faz o que é certo, mas não entende o porquê.<br />
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- Não vou deixar de escrever neste blog.<br />
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- Vou trabalhar amanhã.<br />
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<br />Luciano BNhttp://www.blogger.com/profile/17100194971798704813noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8479456420875472609.post-85865317023467654102015-02-08T11:04:00.002-08:002015-02-11T04:16:25.835-08:00Lamentos da Carne, da Minha Carne.Das dores de ser um homem já provei tantas quantas a vida me permitiu, e delas compreendi que se aperfeiçoar é a unica vantagem de ter passado por aqui por um curto período de tempo, nesta terra injusta, de prazeres vãos e sofrimentos perenes. As experiencias te fazem passar ao largo dos momentos ruins e restringem seus desejos aos mais seguros e plenamente possíveis de serem realizados.<br />
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Que paliativo mais gostoso para uma vida de sofrimento temos senão a doce experiencia da paternidade? Da superficialidade dos meus atos a vida me propôs uma simples, mas desafiadora missão: a de criar duas doçuras em forma de ser humano. Presente máximo que de puro deleite não espero nenhum retorno, muito embora gratificante seja sentir o amor irradiado por dois pares de olhinhos ávidos pelo meu simples abraço, meu simples ensejo ou desvio de uma atenção em algo desimportante, para que possa olhar seus olhares desejosos do mais puro amor, que não tem interesse, não tem nome, não tem fronteira. O que eles querem é tão pouco comparado a este mundo de ilusões breves, que sentimos sempre estar em débito com eles.<br />
<br />
Quando nasceram foram eles no brilho dos meus olhos que minha alma refletiu, cada um a seu momento, e com importância unica pontual. Ao me recostar num estado de reflexão ainda sinto presente em meus dedos o cheiro infindável da bendita Hipoglós que nos salvou das assaduras tão comuns na pátria ardente que eles nasceram. Dos choros da madrugada sem fim, das idas ao pediatra, das noites ainda por descontar o sono, dos cochilos no sofá com seus corpos mínimos em meu tórax largo e disforme, guardo a mais terna lembrança de dias melhores, dias piores. A paternidade me moldou, ainda que pela ingratidão de outra, um homem menos irascível, menos revoltado e mais sensível. O toque leve de suas pelezinhas rosadas em minhas mãos brutas eram o grande acalmador da minha alma inconstante, e me fazia tecer lágrimas de pura incredulidade em tal milagre que eles me proporcionaram. Ah, como me fazem falta...<br />
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Das fraldas sujinhas o cheiro não me abandona a memoria olfativa, e os bracinhos delgados a me pedirem eterno colo, somente para que pudessem descansar as perninhas, ainda que tivessem de aguentar o suor azedo de minha face. Pidões e inocentes, eles me cuidavam, me tratavam, me deixavam a par das minhas próprias limitações, que não são poucas. Dos dias divertidos ao lado deles minha mente flutua em desejos intensos de repetir sempre aquilo que não posso mais ter no meu cotidiano duro, e busco na lembrança gostosa o alento destes pequenos milagres a quem devo muito, mas pouco posso fazer para alenta-los dum querer eterno.<br />
<br />
A vida me fez seguir caminho distinto d´eles, mas que eles um dia possam ler esta declaração ofegante como um testemunho de que seu pai tentou, e mesmo quando estiver em meu leito de morte, quando bem ela desejar vir, que possa deixa-los com uma sensação de que nas minhas melhores memorias eles estarão sempre. Que do outro lado desta vida, eu vos guardarei, em seus sonos infantis e inocentes de hoje, ou em suas agruras adultas do amanhã, eu estarei, em vida ou não, restando meu braço firme abaixo de suas cabeças, num onírico desejo de ainda te-los em meu colo, como quando o fiz em suas infâncias, em minha juventude passada. Onde quer que eles estejam, meu coração ainda os guarda, secretamente choroso, mas orgulhoso das duas coisas mais lindas que a vida me presenteou. Que eu não vá embora agora, e possa sentir o ralar da tua barba num beijo seu, meu filho! Que eu possa sentir o cuidado da tua alma feminina com seu velho pai, minha filha.<br />
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Pensando bem, ando com muitas saudades do cheiro de Hipoglós. Foi especial, é especial e ainda será especial em minhas narinas. Luciano BNhttp://www.blogger.com/profile/17100194971798704813noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8479456420875472609.post-46870806499083102612014-09-10T14:52:00.003-07:002014-09-11T17:04:50.842-07:00O Voto Ignorante<div style="text-align: justify;">
Da incompetência latino americana para entender suas mais reais necessidades, eu já sabia. Ela, de tão contumaz, já vitimiza este povo sofrido por décadas, desde as mais variadas independências, heróicas até por demais do crível, passando pelo ditatorialismo caudilhista do século XX, até os dias de hoje. O que mudou? Houve evolução? Às vésperas de mais um processo eleitoral, a maior democracia da América do Sul, o Brasil, sofre com uma crise ideológica jamais vista antes, muito embora seu povo permaneça afundado numa impertinente ignorância, contraditoriamente.</div>
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O voto direto como meio de escolha de um governante ou representante é indiscutivelmente a forma mais correta e justa de um povo eleger seus dirigentes, e neste ponto o Brasil, desde 1988, ano de sua ultima assembleia constituinte, é tácito em impor a democracia como sua forma e estilo de governança estatal. Uma miríade de políticos controlam esta dança caótica sob a qual nossa democracia se sustenta, e muitos deles se perduram há décadas, numa frenética mudança de cargos eletivos, onde as necessidades da nação são postas em segundo plano, em detrimento de interesses escusos, obscuros, diria até. De fato, a democracia foi porta para muitas liberdades individuais e igualdades de direitos. No entanto, esta porta, de tão escancarada, foi explicitamente usada como meio de meros interesseiros, mercadores do poder, entrarem na dinâmica do Estado com um discurso pretensamente liberal mas, na verdade, focado única e exclusivamente na perpetuação de partidos e grupos no poder perenemente.</div>
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Ora, a democracia é, como dito acima, a forma mais justa e direta de se governar um país. No entanto, creio que a América Latina não estava pronta para esta governança "do povo". É importante frisar que para que um sistema democrático evolua dentro de uma nação o sistema de votos deve ser puramente voltado para a licitude, e cabe ao votante fiscalizar seus eleitos de forma ostensiva, acompanhando seus projetos, no caso do legislativo, e promessas, no caso do executivo. Na política, nem tudo que é prometido é viável. Como, numa nação de centenas de milhares de indivíduos abaixo da linha desejável de educação, podemos esperar um acompanhamento correto das ações políticas tomadas neste país pelos governantes eleitos? Parece-me pouco provável exigir do povo brasileiro, e latino americano, quaisquer iniciativas para se desenvolver um processo democrático pleno, dadas as condições culturais que nos encontramos.</div>
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Num país como o Brasil, o legislativo existe na esfera Federal, estadual e municipal como meio de não só criar leis, mas como meio de fiscalizar as ações do poder executivo. Câmaras de vereadores, deputados, federais ou estaduais e senado federal atuam, primordialmente, como elementos regulatórios que representam diretamente seus eleitores contra os mandos e desmandos da administração pública que, por sua vez, faz o que pode, dentro de um orçamento, para implementar melhorias à vida da população em geral. Na prática, resumidamente, deveria funcionar assim. Mas, de fato, não funciona.</div>
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Quando elegemos vereadores, deputados e senadores, quase sempre, elegemos por um partido, por uma ideologia, por um punhado de promessas. Está errado! Devemos eleger nossos representantes no legislativo pela quantidade de projetos e a viabilidade dos mesmos, caso sejam eleitos. Projetos de leis podem e devem ser plataformas de candidatura dos postulantes às câmaras, e infelizmente poucos destes apresentam projetos reais de lei que possam melhorar a vida como um todo da população. Em pleno século XXI, votar por ideologia, seja qual for, de esquerda, de direita ou de centro, me parece ser de um atraso atroz. A ideologia não move o caráter de um político. Há canalhas em todas as vertentes da ideologia humana, e não é um nacionalista contumaz, ou um liberal de cartilha que farão as coisas mudarem. Na verdade, quem se prende demais a ideologias na esfera política e em geral deve ser visto com muito cuidado. </div>
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Voltando à América Latina, quantos destes ideológicos caudilhos não se perpetuaram no poder, até por meios sanguinários, por tantos anos? Muitos deles estiveram no poder até pouco tempo, sendo freados pela morte ou pela própria incapacidade de gerenciar uma nação, natural de um ditador. Portanto, deve se partir da premissa que os partidos políticos, como um todo, são meros veículos de escolha de um candidato. O que importa mesmo é saber da lisura do postulante e dos seus projetos. O que vemos é que continuamos errando na escolha dos candidatos. Sarneys, Malufs, Tiriricas, Suplicys, Serras e até mesmo nosso ex-presidente Lula são figuras carimbadas na política, de forma exaustiva, os mesmos não desaparecem, não dão espaço para novas idéias e novos políticos. A falta de renovação na politica brasileira deveria ser assunto mister entre as pessoas com o mínimo de cultura. Homens velhos com idéias velhas já não podem mais figurar no cenário político nacional. Coloquei o Tiririca no bolo pois ele é um oportunista, um elemento simbolo da imbecilidade brasileira ao votar em seus representantes. Como ele, há vários nestas eleições pretendendo uma boquinha do já suado dinheiro do contribuinte brasileiro, elegendo-se para cargos de imensa responsabilidade sem terem a minima preparação para tal.</div>
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O que leva o brasileiro a votar tão mal? Seria a ignorância nua e crua? Seria um protesto estúpido (onde já se viu protestar jogando o voto fora?)? Seria um desejo inconsciente de destruir o país? Enfim, é possível ter certeza que muitos dos votos advindos de regiões mais carentes do país são obtidos por meios nada ortodoxos e por mais que o TSE tente coibir a compra de votos, o suborno de autoridades e as fraudes eleitorais, é muito difícil numa nação continente fiscalizar cada pequena eleição de cada pequeno município e estado da federação. Ou seja, políticos espertos se candidatam por estados mais pobres, como forma de conseguir o máximo de votos de gente com menos educação possível. Muitas vezes, os políticos que lá se elegem mal têm residencia nestes locais, o que torna a fraude ainda mais evidente. </div>
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Muitos eleitores não sabem, mas os legislativos do país são as moradas dos maiores casos de corrupção vistos diariamente em escândalos, atrás de escândalos noticiados em vários veículos da mídia. Ainda assim, como que um Maluf ainda aparece em rede nacional pedindo votos? E como ele os consegue? O povo do estado de São Paulo, supostamente o que tem os melhores índices econômicos e educacionais da nação, ainda vota num homem com mais escândalos políticos nas costas do que dentes na boca. O que dizer então de Anthony Garotinho no Rio de Janeiro? E pasmem!!! José Roberto Arruda, no Distrito Federal, terra de gente bem colocada e educada nos mais altos cargos públicos, com renda per capita altíssima. Como isto ainda ocorre, em pleno século XXI, pretensamente a era da informação? Pois todos agem como desinformados.</div>
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Enfim, ainda recrimino aqueles que na forma de protesto, dizem anular seu voto ou votar em branco. Ora, tantos lutaram há tantos anos para que este momento enfim chegasse para que seu voto fosse desperdiçado? Ou melhor, utilizado por coeficientes eleitorais para elegerem-se mais canalhas de terno e gravata? É melhor justificar e não comparecer às urnas. São atitudes como esta que demonstram o quanto a América Latina estava despreparada para a democracia. Nosso sistema politico corrompido, nossas economias devastadas, nossos índices sociais vergonhosos...tudo isso tem uma raiz e ela compreende toda a nossa falha como um povo nas decisões que mais importam para nosso bem estar. O Brasil precisa muito mudar. O continente também, mas o Brasil ainda mais. O partido vigente no governo federal não fez um mau trabalho no computo geral, mas falha miseravelmente em não querer sair do poder. A renovação é necessária para que as mudanças sejam implementadas, e politicamente o Partido dos Trabalhadores já está com sua imagem desgastada. Está na hora de se reciclar, assim como tudo na vida, e mudar os conceitos do partido. Os mercados, que são tão importantes para as economias das nações de hoje, clamam por mudanças no Brasil. Estas mudanças passam por reformas de ordem politica, com redução dos partidos nanicos, tão conhecidos pelas suas contribuições aos índices de corrupção. Reformas de ordem tributária são misteres para o desengripamento das engrenagens na atividade econômica brasileira. O país está estagnado porque está afundado em burocracias e alta carga tributária. </div>
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Se faz necessário, também, o investimento maciço em educação. O Brasil é um país em que o povo carece de cultura, de modos e de tempo investido em capacitação profissional. Sem isto, o desemprego será muito alto no futuro, até pela falta de mão de obra qualificada. Assim, voltamos ao cerne da questão, e concluímos que um povo que vota mal é porque é mal educado, aculturado, descomprometido e sem perspectivas de melhora. No entanto, se faz necessário um esforço nacional, sob forma de protestos, por entidades de classe, centrais de trabalhadores e fiscalização do público em geral para o trabalho dos políticos como um todo. Desta forma, aqueles que não rendem serão expurgados da política, abrindo espaço para novas mentes e novos horizontes nestes país e continente tão jovens. Precisamos mudar, de fato. mas começamos a mudar da urna em diante. </div>
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Luciano BNhttp://www.blogger.com/profile/17100194971798704813noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8479456420875472609.post-26191017081080782712014-05-21T09:11:00.001-07:002014-05-21T09:11:04.914-07:00Associe-se à Sociedade!Da sociedade atual só acumulo desencanto. O que esperávamos que nos tornássemos após uma década inteira de excessos e de informação vasta? Ver que a ciência da escassez não mais lida com ela, e despeja seus dogmas no excessivo poder de compra da população, nos faz crer em prosperidade, mas também em derrocada de principios pelo simples desejo de ter, e não de ser.<br />
<br />
Ver a escassez é como uma reeducação do que é mais inerente à humanidade atual, e perceber que o restante de uma população grande neste mundo sofre com ela. A falta do superfluo atiça o sentimento de igualdade, que por sua vez regula a sociedade num parâmetro de comportamento servil, de fato, mas condizente com o sentido de comunidade. Acredito que o excesso tem nos liderado para o egoísmo desenfreado, além de nos tornar egolatras compulsivos, buscando recompensas a cada ato raro de altruísmo displicente . Até mesmo a humana arte de conceber, reproduzir, está ameaçada por esta crescente cultura do "Eu" moderna.<br />
<br />
A ideia de que as pessoas possam deixar de pensar no próximo parece absurda, mas está pautada num estilo de vida centralizador, que mata as emoções humanas em detrimento de um comportamento superficial perante as urgências da maioria. Existe a morte do sentimento de humildade, da parte de um todo que destrói o conceito universal de que somos nada mais ou menos que pó num universo vasto e disperso em coisas jamais alcançáveis pelo homem comum. Estas noções tem começado cada vez mais cedo nas cabeças mais jovens com a vã cultura da pequena celebridade que atinge a atenção da maioria. Sim, estou falando de redes sociais.<br />
<br />
Ver os jovens trabalhando suas imagens, tais quais as celebridades o fazem, criando pequenas ilhas de isolamento é passível de fobias mesmo. A maior das maldades com um jovem é priva-lo do contato social e dos xistes juvenis que ajudam as mentes mais jovens a evoluirem. A urgencia da postagem tira qualquer ambição de se ter coisas particulares, até mesmo problemas pessoais, já que todos sabem dos males de todos. A intenção de ruminar suas questões em familia, ou só, é fator importante para as resoluções das mesmas, e o simples fato de um particular expor seus anseios a um coletivo faz daquele problema alvo de deboche alheio. É como um isolamento em publico, como estar cercado de pessoas e ao mesmo tempo solitário.<br />
<br />
A imagem que um passa se torna menos importante que seus credos e intenções, num mundo tão hostil. Na verdade, esta hostilidade em nível mundial encontra base no egoísmo das pessoas, e seus anseios cada dia mais inatingíveis. A vida em sociedade está morrendo, à medida que nos encontramos cada dia mais escravos de nossos desejos e da atenção de todos a nossos passos mais ordinários. Será, prevejo, uma era prolífica para os psicologos e profissionais da mente humana. Perceberemos, em breve, que tudo aquilo que projetamos ser não passa de um truque de nossas mentes escravas do ego e a partir daí entraremos numa espiral de destruição de nossa autoconfiança, tornando-a inábil para as coisas mais simples da vida, tal como ter uma vida social, ter um filho, uma família...<br />
<br />
A destruição da capacidade de assumir compromissos vem de uma insegurança mordaz, calcada na falta de preocupação com o próximo. Esta noção de que o mundo é uma grande prostituta e nós os clientes é fator preponderante para a derrocada da sociedade atual. Perdemos a mão com a internet, com os calabouços do consumo irresponsável, do crédito infinito e da nossa necessidade de estarmos sempre no centro das atenções. Ter visto a escassez, e como ela afeta a vida em sociedade me fez refletir. Ver que a busca incessante por uma "vida boa" passa por querer, antes de tudo, o bem do próximo. A felicidade, na atual sociedade ocidental-cristã, passa muito pelo desejo de acumular capital, de estar acima dos outros, de ser um sucesso profissional, ter dentes brancos, sorriso boçal e interminável, patrocinado por observar seu ganho, por meios éticos ou não. Neste ponto vemos até um adendo na corrupção humana. Sim, o excesso corrompe!<br />
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Seria necessário que a humanidade voltasse a sentir falta daquilo que hoje é abundante para que nós entendêssemos a lama na qual estamos nos afundando. Contudo, é fato que de toda esta imersão no culto ao ter gerará algum tipo de reflexão futura, espero assim, já que a humanidade percebe que os preceitos de caridade, amor ao próximo, amor incondicional e altruísmo deram lugar a um sentimento nojento de auto promoção, auto amor exagerado, auto confiança excessiva e falsa, ambição desenfreada e falta de companheirismo. Tudo isso perdemos com esta cultura nefasta da utilização de ferramentas que em tese estão disponiveis para nossa evolução, muito embora as utilizemos para disfarçarmos nossa infelicidade latente.<br />
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<br />Luciano BNhttp://www.blogger.com/profile/17100194971798704813noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8479456420875472609.post-64950201723008055242014-02-20T12:26:00.002-08:002014-02-20T12:26:38.741-08:00Um Dia Quente, Um Homem Tosco.Do escaldante sol do meio-dia procurava abrigo dentre as árvores obscuras de uma cidade bucólica. Sentia o ardor do raio mais escaldante, sentindo bolhas rançosas de suor escorrendo pela minha testa, rosto e pescoço. A respiração agonizante dos pulmões inalando o mais pútrido ar advindo das massas de ar quente dos trópicos, engrossando o sangue e a agonizar o mais atentos dos seres, com devaneios confusos sobre um maldito dia de verão.<br />
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As migalhas pedidas por uma pobre vitima de insolação, em forma de brisas esparsas eram a tonica daquele fastidioso dia, como a mendigar um frescor vindo das montanhas, que não estavam lá. Com passos erráticos, eu me dirigia a algum lugar que não sabia. Esta é a melhor forma de se chegar onde nunca estive, mas havia alguns obstáculos. Ao longe, vejo uma mãe a ninar sua cria, já enfastiada pela onda calorifica a lhes castigar o couro. Aquela criatura pequena não chora, ela guincha, como a pedir um quinhão de frescura e sua mãe se desdobra em atos inconscientes de proteção vã. É como ver uma leoa abrigando seus pequenos leõezinhos na savana sem fim, como a querer disfarçar o território hostil sob o qual vivem.<br />
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A distância cada vez maior daquele desespero infantil me alivia, e ao sol peço trégua. Admiro e odeio sua importância mordaz à raça humana, e às civilizações que tanto o exaltava como divindade. Ele nos alimenta, nos aquece, nos protege...mas nunca desejei tanto sua morte, Deus sol. As árvores, de repente, começam a pitorescamente dançar a um rastro de vento vindo do oceano. Seria um preludio de uma tempestade? A idéia de sorver líquidos pluviais me seria um alento para uma agonia gritante. A chuva torrencial num dia tórrido...que maravilhoso jogo de palavras não? Sim, como diria Travis Bickle, um dia virá uma chuva tão forte que lavará estas ruas fétidas, repletas de traficantes, cafetões, prostitutas e ladrões. Um dia...<br />
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Mas não era a tempestade que se anunciava. Era só mais uma lufada de ar quente a me esturricar e empoeirar a pele. Lembrei-me da Legião Francesa, em suas incursões pela África Setentrional, desbravando o Saara, expandido o poder franco colonialista. Seria somente a diarréia, ou a tifo? Ou foram eles não só açoitados pelo tuaregues, mas também pelo calor e sua lenta consumação do corpo humano? Lembrei-me também de Rommel, e suas leais tropas na mesma região, durante a segunda grande guerra. Que destino, o destes homens. Mas eu não atravessava um deserto. Tampouco estava sedento, nem numa batalha. O que me açoitava eram os pensamentos, os fantasma de outros dias. Dias estes mais frios, mais quentes...pouco importava. Eram dias piores, eram dias melhores.<br />
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A guerra, em si, era pessoal, contra meu pútrido sangue a perder a batalha contra o sol, contra meus mais promíscuos pensamentos e contra meu passado latente. Eu só culpava o sol, assim como culpo a tudo e a todos, pela injustiça do mundo, pelas mazelas da sociedade, pela violência descabida, pela falta de amor, companheirismo e honestidade que nos assola. A guerra é contra uma sociedade que não nos quer vivos, não nos respeita e não vigora. Quem culpará o sol, o calor ou a chuva. A culpa é nossa! Nós e nossos pequenos problemas, que relativizamos e achamos muito importantes, como se significássemos algo para este imenso universo. Ledo engano. O sol tem mais importância que toda a pequena e reclamona forma de vida deste planeta. Ah, mas que calor desgraçado! Sigo adiante, reclamando...Luciano BNhttp://www.blogger.com/profile/17100194971798704813noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8479456420875472609.post-82227422277036763052014-01-24T07:44:00.002-08:002014-01-24T08:05:43.559-08:00Quais Meios Te Levam a Deus?<div style="text-align: justify;">
Certa vez me disseram para procurar Deus, que eu estava adoentado da alma. Pensei profundamente sobre este pedido, refletindo minuciosamente as consequências de uma comunhão tardia com o que há de mais puro no sentimento humano sobre as questões do universo, da vida e da morte: a religião.</div>
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Não tenho vocação para ser um homem comprometido com a fé cega e desesperadora. Por outro lado, também não me perco na incredulidade ignorante, que cega os homens e os fazem crer somente no terreno, no material e na superficialidade vista pelos seus olhos humanos e limitados. Prefiro me encaixar no meio, crendo na imensidão e, ao mesmo tempo, na pequenez humana como a prova vigente da existência de uma força maior que rege este infinito universo, cercado de mistérios e coincidências acachapantes, que nossos cérebros não conseguem e jamais conseguirão compreender, de fato.</div>
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A limitação humana é tal, que precisamos criar barreiras, fronteiras, até mesmo para que possamos exercer a fé numa força superior, como citada acima. Estes obstáculos criam uma zona de segurança, uma maneira fácil de coordenar nossas questões mais sem resposta, tais como para quê fomos colocados nesta terra, para onde vamos após sairmos dela e quais são nossos objetivos, uma vez vivos.</div>
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Falando como um ocidental, nascido e criado dentro da filosofia cristã, nós seguimos um padrão de fé bastante lógico. Cremos numa força chamada 'Deus', que rege este universo, mais particularmente, este planeta, e que colocou seu filho aqui para ser morto pelo império dominante à época. Ou seja, Deus, de uma forma nada humana, põe um fruto seu num mundo que não o quis, algo impensável para nós,.humanos egoístas, que somente queremos que nossas crias sucedam num mundo que também lhes é irascível. Dizem os cristãos que somos à forma e semelhança Dele, e como tal, devemos segui-lo e ama-lo, mesmo sem vê-lo, ou de muitas formas, senti-lo presencialmente. É uma dicotomia, de fato, mas que põe à prova tudo aquilo que a humanidade sempre pregou como mister em sua existência: a fé. Assim como esperar as chuvas para colheitas mais fartas rezava-se para o "deus chuva", o seres humanos atuais rezam para seu Deus para que consigam a casa própria, ou então para que a internet não caia. Vejam, Deus não mudou. Os problemas humanos mundanos, sim.</div>
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Voltando ao cristianismo, o mesmo é um poço de incoerências, mas entende-se muito disso pela história. O que é que mais mexe com a psiquê humana? O que nos move como organismos vivos? O poder, é claro! O poder está para o ser humano assim como dejetos estão para moscas. Ele os atrai, os corrompe e os trai, por vezes. No fim, o cristianismo começou com uma forma de mostrar ao mundo que um homem de carne e osso, como qualquer outro, morreu pelos nossos pecados, sendo enxovalhado deste mundo por um bando de estúpidos politeístas, que estavam afundados e decadentes pelo próprio poder (vêem a correlação?) e cobiça. Ora, Jesus Cristo era um homem intangível, um homem com fé inimaginável. Um homem que foi tentado, usurpado, traído e ousou fazer o bem quando o mal regia. É um estória maravilhosa, esta, e nos faz pensar o quanto a humanidade é promiscua e sabedora dos pecados que comete, e ainda assim persistem neles.</div>
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Não me interesso pelas parábolas bíblicas, nem pelas suas estórias de dificil assimilação e nem por seus eufemismos moralistas. Me interesso, sim, pela trajetória de Jesus. Ainda que não o considere reencarnado, entendo que sua imagem, palavras e atos devem ter feito grande diferença num período obscuro da nossa história, que levou seu legado às fronteiras mais distantes, numa época onde a comunicação e as noticias eram dadas por cronistas que aumentavam tudo que ouviam. Creio que, numa região onde o judaísmo era a religião vigente e o império romano julgava seu povo, deveria haver uma opressão tremenda sobre as pessoas, além da fome e pragas, que um ser humano como Jesus Cristo poderia muito bem ser um especial no meio de tantos. Ele pregou coisas que jamais houveram sido ouvidas, ele praticou a caridade, a justiça, o não julgamento e o perdão. Há coisas mais ausentes na humanidade que estas qualidades citadas? Pois bem, ele o fazia.</div>
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Após sua morte, algo comum naquele período, numa crucificação desumana, assassina e terrível, acredito que toda a região tenha entendido a barbárie por trás daquilo, inclusive os romanos. A transição da Roma politeísta herege para a Roma cristã deve ter sido bem automática, visto que após a morte de Jesus há relatos de "conversão" instantânea, já que muitos acreditaram na ressurreição do mesmo, e levaram pra casa suas estórias, aumentadas e, por vezes, contadas com muitos excessos. Como disse, não contesto Jesus, e sim os cronistas da época. Após este período, foi fundado o cristianismo como conhecido atualmente, na figura da Igreja Católica, e a posteriori, muitas das suas dissidências.</div>
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O catolicismo foi fundado na oportunidade de direcionar uma sociedade em decadência, num período que compreende o ano de 300 a 350, e os ensinamentos da Bíblia Sagrada, escrita pelos apóstolos (seguidores) de Jesus, fora sua base para a criação de uma religião sólida, com os preceitos do perdão, justiça, amor ao próximo, humildade, decência, compreensão, caridade e castidade. Eram conceitos perfeitos para um império que estava morrendo pela cobiça, ambição, promiscuidade, corrupção, ambiguidade sexual e violência desenfreada. Neste ínterim, os ensinamentos da Igreja foram elementos mister para a formação de uma nova sociedade européia, que deu origem à sociedade cristã atual, e que foi a viga mestra para todo um comportamento humano durante a idade média. Também conhecida como era das trevas...</div>
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O problema do catolicismo é que ele foi regido por homens. Ora, regido por homens e devastado pelos defeitos do homem, como um todo. Como dito acima, o poder é a grande cobiça humana e por meio dele ocorre a putrefação da alma, a corrupção do bem e a cobiça pelo o que é do outro. Durante a idade média, o catolicismo muda de figura, ignora quaisquer preceitos cristãos, e oprime a sociedade mediana, com o apoio de Reis e Imperadores, sedentos de poder, que usavam a fé humana como meio de se manterem por mais tempo poderosos. A relação entre a Igreja e os Reinos e Impérios ficavam cada vez mais promíscuas, tornando o catolicismo, além de uma religião, uma emanação política, que se juntava aos fortes com o mero motivo da troca de interesses e dominação de outros Reinos e Impérios. Perdeu-se, portanto, toda a função de uma religião.</div>
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Não era absurdo vermos Cardeais, Bispos e Párocos em relações promíscuas com membros de cortes européias, inclusive com a sangria de tributos pagos indevidamente às coroas, criando templos inimagináveis à época, como forma de demonstrar o poder de Deus e da fé. Templos não demonstram nada, mas para uma população com nível de analfabetização acima dos 90%, na época, algo tão grandioso devia causar calafrios e demonstrações irrestritas de fé que fariam da Igreja a instituição mais poderosa do mundo até o século XXI. A ignorância vigente e a propagação de pragas e pestes pela simples questão da falta higiene, era de forma oportunista utilizada pela igreja para amedrontar seus devotos, dado que a ciência era algo que somente egrégios tinham acesso, e era extremamente de rara aplicação. Neste período, a castidade era algo muito valorizada, e esta busca incessante pelo controle comportamental da sexualidade humana gerou uma série de poderes que a igreja colocou em prática, numa busca ensandecida por falhas nas pessoas, para que elas fossem queimadas, torturadas e mortas. Era o período da Inquisição Espanhola. Ora, não nos parece um tanto ironico e contraditório que uma religião busque matar seu rebanho "desgarrado" de uma forma tão cruel, tal como seu maior profeta morreu? Será que Jesus, na sua bondade infinita, gostaria que um de seus semelhantes fosse torturado, queimado e morto por somente questionar o mundo? Por ter idéias destoantes? Ou por ser feliz com sua sexualidade? Me parece uma dicotomia perversa.</div>
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Dando um salto na história, a promiscuidade do catolicismo com o poder político chega ao extremo durante o período nazi-fascista na Itália e Alemanha do início do século XX. Vale lembrar que ambas as visões (tortas) políticas pregavam antissemitismo (Jesus era Judeu) e purificação racial a qualquer custo. Ou seja, quantas mortes ainda teremos em nome de Deus na boca de uma meia dúzia de déspotas com apoio de lideres religiosos? Pois nesta época ocorreram milhões delas. Recentemente, a Igreja Católica pediu desculpas ao mundo por ter apoiado estes regimes assassinos por tanto tempo. Entende-se que o catolicismo buscou de fato uma soberania quase que territorial no mundo ocidental, oprimindo por muito tempo seus fiéis, perdendo alguns, mas mantendo uma superioridade por dizer ser a religião que expressa melhor o cristianismo em toda a sua essência. Infelizmente, por anos, o declínio da fé humana por causa da ciência, que desvendou tantos mistérios, fez com que a Igreja fosse forçada a se reformar, levando a Santa Sé a rever sua forma de encarar sua expansão.</div>
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A catequese deixou de ser forçada, pois era algo que trazia mais e mais o ser humano pro lado pecaminoso. A fé passou a ser opcional, o que dá ao ser humano aquilo que foi mais ensinado na base do cristianismo: o livre arbítrio. A partir do século XVIII, a igreja passou a entender a ciência como uma aliada na busca pelo conhecimento humano, o que nos trouxe grandes avanços em termos tecnológicos, fundando a sociedade cristã moderna, baseada no capitalismo e na livre iniciativa, que pode ser injusta mas é mais justa que outras formas de vida em sociedade. Adquirir conhecimento não mais se tornou uma heresia e sim uma necessidade para o fim da ignorância que tanto ancorava o crescimento da humanidade. Nada, porém, irá apagar o declínio do cristianismo no mundo, com seus métodos antiquados de ensinamentos, e suas crueldades passadas, desde a idade média, pisando nos preceitos cristãos na obtenção de riquezas, poder e território, patrocinando guerras e conflitos.</div>
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Durante o século XVI, a teologia começou a pensar numa dissidência do catolicismo vigente, e alguns novos pensadores cristãos brotaram na Europa deste período. O reformista João Calvino foi o grande expoente desta ordem de pensamento distinto que, principalmente em nações maiores da continente, teve seus ecos mais ouvidos. Resumindo, o pensamento calvinista deu origem às igrejas evangélicas e batistas de hoje, que pensam o cristianismo como forma clara de crescimento espiritual, mas não abandonando alguns preceitos terrenos. O protestantismo ganhou força nesta Europa assolada pela Inquisição, por levar a cabo alguns preceitos retrogrados, tais como a manutenção da ignorância popular como meio de perpetuar poderes e a obtenção de riquezas pelo povo como meio justo de viver em harmonia em sociedade. Ou seja, cada individuo poderia ter suas particularidades seguradas pela sua habilidade em adquirir conhecimento e coloca-las em prática para obter seu sustento, podendo viver livremente, praticando seu amor a Deus e seu semelhante, sem ter vergonha de suas intimidades e de adquirir coisas para si. Ou seja, ser rico não era pecado. Trabalhar, adquirir, obter e crescer economicamente não era pecado. Planejar sua família com sua companheira não era pecado. Querer obter conhecimento também não era pecado.</div>
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Ou seja, era como uma evolução do catolicismo opressor. De fato, realmente o era, no entanto, com o tempo, o casamento entre o protestantismo e a Coroa Inglesa gerou a perseguição de católicos na grã-bretanha do século XVII até os dias de hoje. Infelizmente, a corrente de pensamento distinto foi fato geradora de guerras e conflitos em nome de "Deus". O pior que pode acontecer a uma religião ou crença é ela se tornar elemento de manipulação política como meio de obter apoio das massas. E a Coroa Britânica soube utilizar-se da corrente contrária da fé para combater seus inimigos, seja por interesse econômico, comercial ou de dominação, seja qual fosse. A partir daí, a disseminação dos protestantes entre os anglo-saxões polarizou a forma de adorar a Deus no mundo ocidental, criando dissidências cada vez mais profundas no cristianismo. Agora, cada homem de fé poderia ser ministro de sua igreja, atraindo fiéis das mais distintas fés para seu rebanho.</div>
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O protestantismo se perdeu a partir do momento onde a acumulação de capital tornou-se seu preceito mais forte, impondo aos seus fiéis um recato moral físico, mas um desejo quase que promiscuo em obter recursos para si, como se o monetário fosse algo importante na crença universal em Deus. De fato, não deveria ser. O materialismo imposto pelos protestantes ecoa até hoje nas mais diversas formas da religião em muitas partes do mundo. Oportunistas travestidos de ministros da fé obrigam seus crentes a doarem somas cada vez maiores de dinheiro para a causa religiosa. Vivemos num período onde a fé é comercial, e pode ser vendida em lotes de graças obtidas. A igreja evangélica virou uma empresa bem sucedida, e os Estados supostamente laicos que as abrigam são coniventes com certas praticas desrespeitosas ao ser humano de boa fé que só procura um caminho espiritual e a elucidação das mais urgentes questões humanas.</div>
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De fato, preciso procurar Deus. Mas a pergunta persiste, por quais meios? Preciso de um sacerdote? Preciso de um ministro protestante? Um pai de santo? Um teólogo? Não sei. Deus, na minha mente limitada e limítrofe não é um ser, não é um homem. É uma força inexplicável que está onipresente em todo o ato humano, seja de bem ou não. Esta força produz nosso alimento físico e espiritual, ela rege as coisas mais necessárias neste planeta e universo. Esta força é imensurável, e a raça humana talvez seja a única a ter consciência do seu poder e ira. Somos seres capazes de mudarmos nosso ambiente, e tudo isso passa pelo poder de Deus, que faz a humanidade mover suas engrenagens a caminho de um futuro para sua espécie. Tudo que sei é que vivemos, morremos e a morte não encerra tudo. É motocontínua a noção de que somos recicláveis e tomamos da terra o alimento e devolvemos o mesmo a ela, sendo instrumento, assim como outras forma de vida menos inteligentes, de propagação da vida no planeta.</div>
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Jesus Cristo, ao menos para os ocidentais, foi nosso homem mais especial. Não é a toa que suas palavras ecoam, mesmo que de forma torta, em alguns casos, por 2000 anos. E nos fazem crer que a humanidade pode sempre melhorar, prosperar e, por um momento, lembrar que seu semelhante deve ser amado e cuidado. Que devemos perdoar o próximo na mesma intensidade com a qual ele nos prejudicou. Que temos que ser humildes e entendermos nossas limitações como seres humanos, ao não nos acharmos tão especiais assim. Que não devemos oprimir nosso semelhante baseado em nada, e que nosso poder é somente dado pelos preceitos terrenos. Ao morrermos, seremos todos parte desta terra, e nossos títulos, moeda, metais...serão todos perdidos e tomados pela simples noção de que você vai embora, mas o mundo continua, apesar de tudo. Isso é crer em uma força superior. É crer que nada e ninguém é tão especial quanto esta força que nos criou e nos permite viver nossos pequenos prazeres terrenos por mais um dia.</div>
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Não preciso procurar Deus, não. Eu, você e todos nós sabemos que ele está aqui. Basta que aceitemos a presença Dele. Não precisamos ouvir os homens e suas crenças tortas. Ouçamos a nós mesmos, e se estamos preparados para esquecermos nossas superficiliadades terrenas e aceitarmos que somos tudo e nada neste mundo.</div>
Luciano BNhttp://www.blogger.com/profile/17100194971798704813noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8479456420875472609.post-48446937801433643912014-01-06T09:03:00.001-08:002014-01-06T09:10:08.095-08:00An American Prayer (Morrison, Jim)<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/3UdNs2LK7e4?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div>
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<span style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">Do you know the warm progress</span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">under the stars?</span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">Do you know we exist?</span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">Have you forgotten the keys</span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">to the kingdom</span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">Have you been borne yet</span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">& are you alive?</span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">Let's reinvent the gods, all the myths</span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">of the ages</span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">Celebrate symbols from deep elder forests</span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">[Have you forgotten the lessons</span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">of the ancient war]</span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">We need great golden copulations</span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">The fathers are crackling in trees</span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">of the forest</span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">Our mother is dead in the sea</span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">Do you know we are being led to</span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">slaughters by placid admirals</span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">& that fat slow generals are getting</span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">obscene on young blood</span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">Do you know we are ruled by T.V.</span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">The moon is dry blood beast</span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">Guerrilla bands are rolling numbers</span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">in the next block of green vine</span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">amassing for warfare on innocent</span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">herdsman who are just dying</span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">O great creator of being</span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">grant us one more hour to</span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">perform our art</span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">& perfect our lives</span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">The moths & atheists are doubly divine</span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">& dying</span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">We live, we die</span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">& death not ends it</span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">Journey we more into the</span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">Nightmare</span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">Cling to life</span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">Our passion'd flower</span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">Cling to Cunts & cocks</span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">of despair</span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">We got our final vision</span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">by clap</span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">Columbus groin got</span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">filled with green death</span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">(I touched her thigh</span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">& death smiled)</span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">We have assembled inside this ancient</span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">& insane theatre</span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">To propagate our lust for life</span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">& flee the swarming wisdom</span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">of the streets</span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">The barns are stormed</span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">The windows kept</span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">& only one of all the rest</span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">To dance & save us</span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">W/the divine mockery</span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">of words</span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">Music inflames temperament</span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">(When the true King's murderers</span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">are allowed to roam free</span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">a 1000 Magicians arise in the land)</span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">Where are the feasts</span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">we are promised</span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">Where is the wine</span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">The New Wine</span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">(dying on the vine)</span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">resident mockery</span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">give us an hour for magic</span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">We of the purple glove</span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">We of the starling flight</span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">& velvet hour</span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">We of arabic pleasures's breed</span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">We of sundome & the night</span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">Give us a creed</span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">To believe</span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">A nightr of lust</span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">Give us trust in</span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">The Night</span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">Give of color</span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">hundred hues</span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">a rich mandala</span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">for me & for you</span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">& for your silky</span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">pillowed house</span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">a head, wisdom</span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">& a bed</span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">Troubled decree</span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">Resident mockery</span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">has claimed thee</span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">We used to believe</span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">in the good old days</span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">We still receive</span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">In little ways</span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">The things of Kindness</span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">& unsporting brow</span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">Forget & allow</span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">Did you know freedom exists</span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">in school books</span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">Did you know madmen are</span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">running our prisons</span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">w/in a jail, w/in a gaol</span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">w/in a white free protestant</span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">maelstrom</span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">We're perched headlong</span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">on the edge of boredom</span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">We're reaching for death</span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">on the end of a candle</span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">We're trying for something</span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">that's already found us</span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">Wow, I'm sick of doubt</span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">Live in the light of certain</span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">south</span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">Cruel bindings</span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">The sevants have the power</span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">dog-men & their mean women</span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">pulling poor blankets over</span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">our sailors</span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">I'm sick of dour faces</span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">Starong at me from the T.V.</span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">Tower, I want roses in</span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">my garden bower; dig?</span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">Royal babies, rubies</span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">must now replace aborted</span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">Strangers in the mud</span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">These mutants, blood-meal</span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">for the plant that's plowed</span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">they are waiting to take us into</span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">the severed garden</span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><b><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">Do you know how pale and wanton thrillful</span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">comes death on a stranger hour</span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">unannounced, unplanned for</span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">like a scaring over-friendly guest you've</span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">brought to bed</span></b><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><b><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">Death makes angels of us all</span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">and gives us wings</span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">where we had shoulders</span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">smooth as raven's</span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">claws</span></b><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">No more money, no more fancy dress</span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">This other kingdom seems by far the best</span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">until its other jaw reveals incest</span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">& loose obedience to a vegetable law</span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">I will not go</span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">Prefer a feast of friends</span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">To the Giant family.</span>Luciano BNhttp://www.blogger.com/profile/17100194971798704813noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8479456420875472609.post-22522148520915969022013-12-26T06:58:00.002-08:002013-12-27T13:43:04.145-08:00Feminismo ou Masculinização Feminina?Sempre achei maravilhosa a forma como as mulheres encaram a vida, desde os tempos de Amélia (passado!), até os tempos atuais. Eu as vejo como um frescor e uma sadia quebra na sociedade demasiada competitiva criada pelos homens, até certo ponto prejudicial a saúde deles, e que com sua beleza e graça, a mulher atenua grande parte deste peso do mundo sob as costas da sociedade como um todo.<br />
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Antes fosse somente pela beleza inconteste feminina, com seus belos corpos naturalmente bordados e entalhados pela natureza, fazendo-os de forma que, tudo que inspirasse belos desenhos e formas, fosse inspirado na forma feminina. Em todas as suas nuances, claro que pela sua força disfarçada de fragilidade, o mundo encontra no gênero feminino um pendão, um sustentáculo, para suas mais terríveis dores.<br />
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Por outro lado, algo tem me incomodado na evolução da mulher neste contexto, em particular na forma como elas tem encarado a evolução do movimento feminista, que tantos benefícios trouxeram à elas e à sociedade como um todo. Percebo claramente uma evolução nas mulheres, no âmbito profissional e físico, mas no pessoal tenho sentido um certo declínio.<br />
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Odeio generalizações e há gratas exceções naquilo que escrevo, mas como neste blog descrevo o que observo, sinto que a graciosidade feminina se perdeu em algum lugar do passado. Não sou saudosista, tampouco quero o retorno do passado atroz para as mulheres, mas que cada gênero tem uma forma toda sua, ah isso tem! O que tenho observado é que no âmbito profissional ainda existe um abismo, ainda que raso, nos salários entre homens e mulheres e isto é injusto. Há muitas mulheres tão competentes quanto homens por aí, e a valorização deve ser equiparada. Esta diferença é ainda mais notável em países com histórico machista, como o nosso, e outras nações latinas, além do mundo árabe.<br />
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No lado físico (eu tinha que citar isso!) houve evolução também. Pontuo as mulheres de hoje como mais belas que as de antigamente - ao menos as mulheres normais - sem citar celebridades ou coisa do tipo. A mulher do dia dia está mais bela, mais curvilínea, mais confiante. Algumas alcançam este patamar ainda bem jovem, o que me incomoda um pouco, mas o que fazer? São os hormônios nos alimentos que as fazem atingir a puberdade muito cedo. No entanto, a beleza das formas persistem. Algumas se acabam por horas em academias, e a evolução dos tratamentos estéticos tornam cada mulher um marco em desejo e sedução para olhos desejosos. Na visão de Oscar Niemeyer, notável arquiteto, falecido recentemente aos 104 anos, dizia ele : "...o que vale nesta vida é a mulher, o resto é besteira." Genial.<br />
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No lado pessoal é que houve involução. Não nos esqueçamos que o movimento feminista foi criado na década de 1960, com o objetivo de diminuir ou extinguir a diferença entre homens e mulheres, em todos os setores da sociedade, especialmente o profissional. A crítica a ser feita não é neste aspecto, mas no entanto, em pleno século XXI, acreditava-se que o feminismo deveria evoluir, até porque grande parte do sucesso deste movimento veio da persistência de heroicas mulheres que ousaram bater de frente com o <i>establishment</i> e isto é inegavelmente um sucesso dele. Mas no entanto a coisa ficou, de certa forma, distorcida, neste século, e as mulheres passaram a querer se equiparar aos homens em outros aspectos, tais como personalidade, forma de agir, de amar, de se relacionar etc...<br />
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Existe uma limitação para a igualdade, e ela reside no fato que homens e mulheres são diferentes, e estas diferenças são o que nos fazem ser tão belos como máquina humana. São muitos exemplos, mas há mulheres hoje que encaram o sexo sem sentido da mesma forma que homens. Isso não é feminismo. É vulgaridade. Há ainda mulheres que querem beber e fumar como homens, e isso é uma crueldade. É fato comprovado por várias pesquisas médicas que o álcool tem efeito mais devastador no corpo feminino que no masculino, além do cigarro ser responsável pela pior forma de câncer feminino, o de seios, além dos já conhecidos. Pra piorar, ainda na vida sexual permissiva, os casos de mulheres com doenças venéreas, tais como HPV, aumentaram exponencialmente neste século.<br />
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O que há de mais belo na humanidade é a diferença marcante entre a fêmea e o macho, e como ambos, em conjunção, se completam. A união entre um homem e mulher tem sido tema de terríveis embates, e uma pesquisa social básica demonstra o aumento dos divórcios até os dias de hoje. Longe de mim querer culpar o feminismo ruim, mas percebo que muitos casamentos estão morrendo pela infidelidade mútua. Isso passa pela masculinização da mulher, e no desejo de se equiparar ao homem até onde ele é mais podre, em essência. Além disso, estes divórcios tem como base a insatisfação feminina, que nunca teve tão alta. Mulheres não mais se resignam, ou aceitam menos do que sonharam. Misture isso ao conhecimento adquirido no mundo acadêmico e você verá que a insatisfação feminina reside na auto confiança aumentada, quase que um ato masculino, advindo de uma criação por vezes super protetora, de pais e mães que criaram um mundo de sonhos para suas filhas, quando, na verdade, o mundo em nada tem a ver com isso.<br />
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As consequências deste feminismo torto é a perda gradual da graciosidade, da coisa feminina, tão própria, tão bela, em sua essência. Será que o feminismo moderno perdeu a mão? Será que foi mal interpretado? Acredito que sim, e inclusive as novas gerações terão que lidar com esta super mulher, entende-la, mesmo com suas limitações, tais como as TPM´s terríveis - que ficam cada vez piores, já que hoje se procria pouco - e até mesmo com o fato de que elas tem um fardo grande neste mundo, o de criar filhos, trabalhar e ainda assim sorrir. O feminismo é uma realidade, mas virtuou-se erradamente, tornando a mulher um instrumento ainda manipulado pelo mundo masculino. A única diferença, agora, é que elas não querem somente a igualdade de direitos. Querem ser iguais a nós, em essência, em direitos e nos defeitos também.<br />
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<b>Hoje é dia do solteiro, e este dia não poderia ter vindo em época pior. </b></div>
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Sempre fui um homem casado que se mascarava de solteiro, e agora que estou solteiro, ando me mascarando de homem casado, não é engraçado? Parece que me divido entre estas duas facetas como um doente com dupla personalidade. Não é isso que quero focar neste texto, mas vale a pena o desabafo a titulo de um possível tratamento psicológico no futuro.</div>
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De fato, o objetivo não era o que disse acima, mas tem a ver com estar solteiro depois de tanto tempo casado. Foram anos me dedicando a agradar uma unica mulher (essa é a minha verdade, e vou morrer com ela!), e de repente, me encontro só, sem nada ou ninguém para me dizer nada, somente um vazio imenso e uma liberdade incômoda. Estranho estar solteiro e não ser solteiro, que são duas situações distintas. Existem homens que encaram esta condição de forma altiva, segura e relaxada. Eu os invejo. Sinto-me tenso e cabisbaixo. Olho ao meu redor e percebo momentos de um silencio sepulcral e os quebro com televisão alta. Vejo os moveis vazios e intactos e os rearrumo, só para mudar um pouco. Bebo mais. Durmo menos. O sono sozinho demora a vir. É como se faltasse um cheiro, um toque, um lado pra dormir. Ora, fico no meio, penso eu. Me espalho no colchão e me lembro que isso não é tão bom quanto parecia ser. Que bela merda, não? Acordo e olho no espelho, vislumbrando olhos escuros e profundos, consequência da mal dormida noite. O café da manhã é rápido, já que não há papo, nem conversa, nem afeto. É só você, a xícara de café, a mesa e um alimento qualquer.</div>
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Havia dito que invejo os homens que encaram a solteirice como um <i>playground</i>, e realmente me sinto assim. Quando me casei, o mundo era um pouco diferente. Não faz tanto tempo assim, mas me parece que passamos por uma revolução e nem percebemos. As mulheres estão cada dia mais lindas. Mais novas, rejuvenescidas e mais lindas. Ou é eu que estou mais velho? De fato, elas investem pesado na vaidade. </div>
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O casamento é uma batalha, que quando termina, deixa marcas físicas. As minhas cicatrizes são uma barriga mais proeminente, menos cabelos, mais dividas e menos autoestima. Me parece que antes dele eu era um guerreiro jovial, cheio de vida e com ideias frescas, ao menos é a forma que me sinto. Mas voltando às mulheres, como que um velho guerreiro, cheio de marcas e cicatrizes emocionais, ou não, pode voltar a outra batalha, tão combalido? É difícil voltar a ser grandioso, num mar repleto de cardumes mais belos e ornamentais. Talvez devesse me cuidar, me emperiquitar, procurar um dermatologista, um fisiculturista, um acupunturista...ou talvez um psiquiatra. Sim, que soldado volta de sua batalha <i>mens sana in corpore sano</i>?</div>
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As mulheres estão mais lindas, e mais complicadas também. Há algum tempo atrás, lembro-me que as mulheres preferiam homens inteligentes e másculos. Sempre achei que me encaixava nesta categoria, pois sou um pouco inteligente e sou másculo pacas (afeminado é que não sou). Hoje, procurando alguma solteira por aí, me deparo com o conceito acima se despedaçando, num mundo onde um homem inteligente é presunçoso e metido a besta, e másculo é machão, peludo e fedido. Seria o homem perfeito ignorante e metrossexual? Possivelmente. Elas vão à loucura com estes tipos do abdômen tanquinho, barba cerrada, cabelo estiloso e peito raspado. Estes caras não podem ver um pelo da sobrancelha fora de sintonia que eles cortam. Nunca viram uma mesa de sinuca na vida, penso eu. Provavelmente, ao invés de pegar os tacos e jogar, eles dançariam Santa Rosa Madalena em cima dela. Mas e o ignorante? Bem, para que um homem aja desta forma tem que ser ignorante. Incrível as exigências que estas moças fazem: cabelo bom, barba cerrada, unhas perfeitas, dentes brancos e alinhados, peito raspado, bunda dura (pra quê?), fiel, não pode ser muito intelectual (são chatos), também não pode ser totalmente burro (estes curtem a vida, pois gente burra é feliz), não pode beber, comer demais e nem fumar. Enfim, querem uma mistura de Padre Marcelo Rossi com Gustavo Lima. Nessa competição já me ferrei.</div>
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Fica difícil ser um bom partido numa era como a nossa, tão ligada em paradigmas firmados nos conceitos de beleza vã e de ascensão do feminismo ruim, e não aquele que propunha a igualdade, como nos anos de 1970. Fico, portanto, pensando se fiz um bom negócio em deixar um casamento onde meu reinado era pleno e minha rainha era soberana. O casamento aleija, nos deixa fraco para novas conquistas, mas nos dá uma tremenda satisfação de ter tido uma companheira, uma amiga, uma amante e, acima de tudo, uma guerreira, ao seu lado, que lutou pela felicidade, se é que este conceito existe, junto contigo. Mas a solteirice veio e assim como todas as revoluções ela passa por um momento de transição. Pode ser que ela seja eterna e os prognósticos não seriam bons. Pode ser que eu me case de novo, pode ser que não. Talvez eu nem queira isso. Talvez, se eu me casar de novo, não vá prover nem metade do que pude prover de carinho, admiração e desejo ao meu ultimo casamento. Talvez fique atordoado e anestesiado neste período de transição de tal forma que vá esquecer que existam mulheres por aí, tão lindas com seus mimos de beleza, que as transformam em desejos ambulantes. A unica certeza, no entanto, é que não tem sido fácil. Porém, também não vou me curvar ao que o mundo tenta me impor. Serei o mesmo chato, com pelos e macho alfa protetor que sempre fui.</div>
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Os novos tempos que se adaptem a mim, ora bolas. Estou solteiro...</div>
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Luciano BNhttp://www.blogger.com/profile/17100194971798704813noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8479456420875472609.post-39276559786324769022013-07-28T18:05:00.000-07:002013-07-28T18:08:57.137-07:00Nos Seios Da Nação Inconteste é a falta de patriotismo nas minhas veias, ainda mais neste país ainda semianalfabeto, transloucado pelas recentes aquisições de seu povo, um tanto disfarçadas de migalhas, de fato. Admiro o Brasil como nação. É uma patria de contrates, como diz o clichê. Mais ainda, é uma patria de pessoas que, por decadas, viveram à margem da capacidade opinativa, aceitando informações desconexas num mundo em constante evolução. No entanto, ao virarmos a esquina, ainda encontramos alguns suinos sabichões, na figura do malandro malemolente, que caga na cabeça alheia em troca de sua subsistencia. Há ainda outra faceta do pais, que é figura do trabalhador indolente, que clama pelo fim de semana ainda na quarta feira e que quando é enquadrado pelo seu superior, se auto proclama prejudicado, perseguido e azarado. É um país de contrastes, é verdade.<br />
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Gosto de admirar, ou melhor, observar (já que admiração advém da paixão), como um voyeur que torce contra, algumas propagandas governamentais, com seus slogans de efeito, exaltando a recem inclusão de milhões de brasileiros que, na visão politica, viviam à beira do justo e ideal para a felicidade humana. Tem gente que cai nessa, e eu não os culpo. Pense você que há mais ou menos 25 anos atrás, para alguem com renda inferior a dois salarios minimos sequer sonhar com televisores invocados, microcomputadores, celulares multitarefas, carro, motocicleta e roupas novas, era necessário que este alguém tivesse um colchão de palha muito bom. Havia dois polos em termos de classes sociais, e estes eram o rico e o pobre. Hoje há uma classe que permeia estes extremos, compra alguns luxos, mas ainda necessita de serviços publicos e é para ele que o governo direciona suas propagandas de inclusão.<br />
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Eu não sou patriota, já disse. Talvez por ter nascido em "berço esplendido", assim como este país está deitado há anos. Quem sempre teve conforto jamais entenderá as privações pelas quais uma pessoa de baixa renda, no Brasil, passa. Quem pode se educar nas instituições particulares, quem gozou de planos privados de saude, quem teve casa propria e bom tratamento odontologico, realmente não entende a felicidade que é ter um pouco mais, quando antes não tinha nada. Não dá pra ignorar o poder do pão e circo, e da inabilidade de se lidar com um sistema economico paquiderme e instavel, exaurindo os cofres publicos com politicas sociais, forçando um inclusão maior sem formar um alicerce economico confiavel.<br />
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O atual partido no poder é a cara do povo brasileiro. Chega a ser assustadora a semelhança de uma instituição com seus governados. O objetivo, que fica mais claro da forma que a governança é imposta, é a manutenção do poder por algumas decadas do partido em si e não da implementação de uma nova era no pais, onde o povo obterá mais justiça social por meio do maciço investimento em setores carentes da sociedade, tal como saneamento basico, saude e educação. De fato, para um politico, estas agendas são perda de tempo, já que só demonstram seu resultado no longo prazo, tempo em que, de acordo com John Maynard Keynes, estaremos todos mortos. Não existe justiça sem se abrir mão da politica.<br />
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No Brasil atual, as ondas de consumo norteiam o horizonte economico até o momento onde este não mais se sustentar. O consumo é como um amor avassalador: tem limite. O que resta, depois, é somente um amor comum, um restolho dos excessos da carne. Na economia brasileira ocorrerá o mesmo. Para se manter este nivel de consumo, o governo exagerou nas medidas de credito irrestrito, mantendo juros baixos, gerando fuga de capital, desequilibrando alguns fatores economicos positivos que tinhamos há até 10 anos atrás. O ideal era ter aproveitado a boa maré, e ter investido mais no que é mais necessário. A infraestrutura do país está caotica. Cidades, como São Paulo, estão quase inabitaveis de tão mal planejadas que são. A população cresceu e os serviços publicos não cresceram com ela. A previdencia continua no vermelho e carga tributaria esgana o pescoço do povo, impedindo-o de poupar o minimo de sua renda, que já é engolida pelo Leão e pelos impostos em cascata, injustos e estereis. <br />
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A população brasileira, já ciente do ambiente hostil em que vive, está saindo às ruas, mesmo com objetivos generalizados, mas com um foco interessante na melhora do pais como um todo, tentando extinguir este regime pluripartidario estupido, que só dá cobertura para atos ilicitos no legislativo e executivo. Partidos politicos são antros de politicagem vazia, inutil para o povo, e nos nutrem um sentimento de barganha da nação, ou venda e distribuição de cargos publicos, exaurindo ainda mais os cofres publicos. Na veia aberta das finanças publicas, o dracula politico se alimenta constantemente, e propaga seu poder por meio da troca de favores depravados com outros de sua mesma especie. Ao que parece, o povo cansou disso tudo.<br />
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No entanto, ainda há uma massa que não pensa, ou melhor, não entende o ambiente politico, ou até é alienada mesmo. Esta massa sofre pelo hiato educacional sob o qual reside, sendo vitima do populismo barato desde os tempo de Vargas. Sinto dizer que estes fazem parte da maioria no pais, e enquanto forem massa de manobra para suinos de paletó, o pais continuará desperdiçando otimas oportunidades ter sangue novo no poder. É hora de esquecer o patriotismo besta, que cega, que aliena, e por o povo para pensar. A imprensa não ajuda, pois é voltada para elites. É notorio o meu pessimismo quanto a alguma mudança no curto prazo no país e muito disso vem do realismo. <br />
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Não sou patriota e nem quero ser. Sou só mais um indolente brasileiro que pensa demais e age de menos. <br />
<br />Luciano BNhttp://www.blogger.com/profile/17100194971798704813noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8479456420875472609.post-45779900448931598742012-02-11T06:10:00.000-08:002012-02-11T07:21:35.301-08:00Frases Inócuas, Pessoas OcasSempre tive muitas reservas com mitos e lendas criadas pelas pessoas, nos impondo a idolatria ou adoração forçada por certos personagens da história. Acho esta faceta do ser humano um porre, esta maneira quase que obtusa de não ter a visão macro das coisas, se entregando a acreditar em tudo que é difundido por aí no mundo eletronico e virtual. <br /><br />Pois bem, fato é que estamos emburrecendo pouco a pouco com a difusão exagerada de idolos transitorios na midia como um todo, especialmente na internet. Parece que Warhol tinha razão, há quarenta e tantos anos atrás, quando dizia que no futuro, todos teriam quinze minutos de fama. Sempre existe um toque de mediocridade nas idolatrias divulgadas a fio, ou seja, os idolos são mediocres, e aqueles que repassam isso a outros, se tornam tanto quanto ou mais mediocre ainda. A coisa anda definhando a tal ponto que fica tão fácil para o Brasil ser o foco principal deste tipo de idolatria torta no mundo, visto que somos uma patria de ignorantes. Ou melhor, uma patria de ignorantes com mais dinheiro na mão, dado o estranho crescimento economico dos ultimos anos, que nos pos em igualdade com potencias economicas historicas, com patamares sociais e educacionais anos luz a frente do nosso.<br /><br />Algumas destas idiotices são mundiais. Recentemente, um CEO confundido com Rei Midas da tecnologia, se é que isso é possivel, morreu em decorrencia da pior das doenças, o cancer. Nada mais consternador do que ver um homem jovem, rico, e com tanto a contribuir para o mundo morrer de forma tão prematura e definhante. Entretanto, não bastou noticiarmos a morte deste CEO, precisariamos torna-lo um idolo. Sim, um martir da eletronica, um homem que lutou contra as forças de mercado e criou algo revolucionario, indo na contramão das tendencias, embelezou seus produtos e instaurou <span style="font-style:italic;">Mark Ups</span> absurdos , diferenciando seus produtos da media dos concorrentes. Realmente, um homem de visão, este Steve Jobs. Mas não seria muito idolatra-lo?<br /><br />Não é de hoje que vemos pessoas em redes sociais difundindo frasismos do Mr Jobs, como se ele fosse algum mago da auto ajuda, ou como se tivesse a resposta para os nossos dilemas basicos de gente comum. Tudo isto aconteceu num espaço de menos de um ano após ele morrer, quero dizer, em pouco tempo o cara foi erguido de CEO de uma empresa respeitada a idolo da massa <span style="font-style:italic;">nerd</span> que o agradece por ter criado coisas que fazem a mesma coisa que os concorrentes, só que numa roupagem melhor e com preço maior. Ora, seria para tanto? Não, Steve Jobs não é idolo, não é semiDeus, não é exemplo de auto ajuda a ninguém, e quem leu a sua biografia pode perceber isso com clareza. Ele não era um filantropo, tampouco agia em prol da comunidade com seu poder e influencia, e pelo jeito era bem materialista também, além de avarento. Como podemos idolatra-lo? Que exemplo ele nos passa de homem? Seria somente o sucesso financeiro aquilo que tanto buscamos, para que nos derretamos em idolatria vazia por um homem ambicioso, que nada mais era que um CEO competente? São questões que elucidam a idiotice difundida pelas redes sociais, que apela para ignorancia e pelo desejo de repetir coisas como papagaios unissonos. Steve Jobs nada mais era que um empresário competente e não tinha nada de visionario. Simplesmente dava roupagem melhor a itens que não tinham apelo de consumo a pessoas que não conhecessem profundamente de tecnologia. Querem chamar alguém de visionario, pensem em Leonardo Da Vinci.<br /><br />Mas ainda falando em redes sociais, nunca vi tanta gente difundindo frases de Willian Shakespeare, Luis Fernando Verissimo, Arnaldo Jabor e agora...Steve Jobs, o frasista. Não é para tanto, as frases de Shakeaspeare são as melhores, pois são todas farsas. O dramaturgo não era frasista, nem filosofo. Não se esqueçam que o mesmo viveu durante o século XVI, e neste periodo não havia questões que pudessem ser aplicadas nos dias de hoje, ao ser humano moderno, cheio de dilemas proprios e diferentes. Enquanto um homem daquele periodo temia a peste e a fome, nós tememos perder nosso seriado favorito diario na TV. Todas as peças de Shakespeare são adpatadas, pois os textos são extremamente sem sentido para nosso raciocinio moderno e rapido. Para se locupletar de uma frase Shakesperiana, o individuo precisa da ajuda de um especialista em literatura inglesa antiga, que adapte o texto para hoje, para que possa fazer algum sentido para nós. Enfim, é tudo embuste. Já Verísismo é um dos maiores enganadores da literatura brasileira, na minha opinião, mas não sou de julgar, há quem goste. O que acontece é que o proprio pede para que parem de difundir frases que não são dele, como a que reconhecer sua propria limitação neste ponto. Já Arnaldo Jabor não é nada mais que um cineasta metido a Truffaut, que ainda pensa ser revolucionario, apelando para termos esquerditas ou para a pura baixaria, assim como nos seus filmes. Vejam sua filmografia e vejam se há algo mais que simples putaria travestida de poesia neles. Enfim, todos não são genios, não são mitos, são homens elevados a este patamar pela ignorancia vigente.<br /><br />Por fim, não há coisa mais brochante na internet do que o excesso de artistas sem talento que a usam como meio de promoção. Nem vou discutir o "Ai Se Eu Te Pego...", que dá uma nuance clara da fraca profundidade artistica brasileira atual, e nem meninas que fazem videos de si propria em atos sensuais por terem o desejo imenso de serem escolhidas para trabalhos, digamos, pouco ortodoxos. Tampouco podemos esquecer das celebridades de uma semana, como a tal "Luiza, que iria voltar do Canadá...", que ilustra claramente a estupidez de uma classe alta emergente brasileira, ao fazer uma propaganda e dizer isso com uma naturalidade, como se alguém desse a minima. Se sua filha está no Canadá, foda-se! Seria mais interessante pra mim que ela estivesse na Mongolia, comendo topeiras e tomando leite coalhado nas estepes mongois, com tribos nomades. Aí sim, eu ficaria interessado. No entanto, ela só está no Canada, se preparando para ser mais uma patricinha inutil, num pais que exibe um programa como "Mulheres Ricas", como se isso não tivesse efeito ruim o suficiente nas mentes mais jovens. Aliás, a Luiza já deve ter arranjado um namorado canadense, pois brasileiro não combina com a matiz da bolsa dela.<br /><br />Enfim, quando repetimos tudo aquilo que outros dizem, sem pensarmos se é algo verdadeiro, ou sem sabermos se aquele idolo cibernetico é realmente quem dizem ser, ou se aquele modismo que você sabe que não durará mais de uma semana estiver bombando na sua "rede", não propague. É melhor estar por fora, do que estar por dentro difundindo ignorancia e coisas inuteis. É muito melhor ter senso critico, opinião propria, e usarmos as redes sociais em prol de coisas menos futeis. A popularização dos meios de comunicação deveria nos engrandecer, e não nos "emburrecer". Para cada asno que compartilha uma idiotice, centenas caem do abismo da ignorancia, e quem perde é a nação.Luciano BNhttp://www.blogger.com/profile/17100194971798704813noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8479456420875472609.post-68280285588849297162011-12-15T17:30:00.000-08:002011-12-20T04:14:20.931-08:00A Cilada da BaladaHá tempos não postava por simplesmente não querer postar. Definitivamente não tenho tido nada muito importante a dizer, mesmo porque a vida tem se tornado algo demasiado estatico e estagnado. Coisas da idade, que vem chegando juntamente com uma certa tiriça, um desapego a certos eventos e encontros. Os excessos são trocados por coisas mais equilibradas, atividades mais serenas, que ajudam a relaxar, ao invés de nos tornar mais estressados, sem percebermos.<br /><br />Mas não é sobre a idade que quero discorrer. Isso já fiz demais. Quero filosofar sobre as formas de diversão, do termo em latim <span style="font-weight:bold;">divertere</span>, que significa distrair, abstrair-se da realidade por um dado momento. Eu entendo que todos tenham a sua propria formula de distração divertida, por assim dizer. Contudo, há uma que me chama muito a atenção, pois junta duas coisas interessantes: a diversão e a paquera. Está no instinto humano o flerte. É normal buscarmos o parceiro em situações de prazer, como em sair para dançar.<br /><br />A dança é uma forma de se expressar sensualmente. De alguma forma, a pessoa que está dançando quer passar um viés de sensualidade, seja para seu parceiro, ou para alguém que estiver ao redor, ou assistindo. Sempre saí com amigos, namorada etc... para danceterias, e é um tipo de diversão que me agrada. No entanto, cabem algumas conclusões sobre este tipo de distração, bem peculiar nos dias de hoje. Afinal de contas, as casas noturnas deste tipo se proliferam, e ganharam status de "club", ou "joint", ou qualquer outro nome destes que beiram o absurdo do anglicismo.<br /><br />Pra começar, quando se escolhe um estabelecimento de ponta - ninguém quer ir num local onde ninguém vá - você se depara com uma fila que não anda. É impressionante, mas a imagem que a casa noturna passa é que eles não te querem lá, a não ser que voce seja uma mulher solteira e bonita, o que te faz muito desejável aos olhos dos administradores do local. Não se esqueçam que, estabelecimentos como este, vivem de imagem. Passando pela fila, depois de uma hora ou mais, temos que aguentar a cara feia dos "leões de chácara" que promovem a segurança destes antros. Todos eles engravatados em seus ternos a la Men in Black, com um ponto eletronico nos ouvidos, eles te olham sempre como se voce fosse um potencial risco para a casa. Voce pode estar vestido com a melhor roupa do mundo, chegar de carro importado, mas se voce é homem, solteiro e feio, se prepare para levar olhares nervosos de seguranças loucos pra te por numa gravata, e te botar na rua.<br /><br />Mas tudo bem, pra não dizer que não falei das flores, tudo tem seu lado positivo. Ao andentrar finalmente o recinto, a visão é estarrecedora. Mulheres muito bem maquiadas, com seus vestidinhos curtos e sapatos altos. Tudo combinando, até mesmo os cabelos alisados, com luzes. Os perfumes são variados, mas inebriantes, tanto quanto as variadas bebidas alcolicas que elas carregam em suas mãos delicadas. Por vezes penso se alguém estaria disposto a encarar uma diversão destas sem se intoxicar de alguma forma. É só um pensamento... .<br /><br />Olhar estes exemplares de jovialidade, todas descoladas, com personalidades marcantes, dado o bom nivel socioeconomico atual e a liberação feminina latente do século XXI, é um deleite para os olhos. Entretanto, de flores eu já falei, devo prosseguir com a marcha funebre em forma de diversão. Lembram-se quando disse que, por vezes, os donos do estabelecimento parecem não te querer por lá? Pois bem, é possivel ter mais uma prova disso quando precisamos beber alguma coisa. Voce pede sua bebida, e o barman te ignora. Você estica sua comanda, pede a bebida de novo o cara te ignora. Quando finalmente, ele te vê, aparece uma moça estonteante, e ele, com esperanças de algo com ela, a serve primeiro. Dá vontade de se rebelar, mas não se esqueça: seguranças. <br /><br />Voce espera o cara ter a boa vontade de te servir, quando de repente, encosta no balcão um "brother" do barman. Aí a coisa vira experiencia surreal. Eles papeiam, o amigo veste uma camiseta polo agarradinha, tipo mauriçola de academia, aquele que quer mostrar que anda de carro importado, mas não deixa o verdadeiro carro com nenhum vallet, nem em frente a balada, se é que voces me entendem. Neste meio tempo, o barman já serviu toda a sua horda de mulheres gostosas e brothers, e só sobrou você. Quando você decide o que quer beber, ele diz não ter. Que seja uma cerveja, então. A mais cretina das bebidas, à mais cretina das diversões.<br /><br />Encerrado o episodio da bebida, ou melhor, ele se repetirá por toda a noite, vamos dançar um pouco. Me lembro que, quando era adolescente, a fumaça nestes ambientes era sufocante. Naquele tempo, o cigarro era livre em locais fechados. Quem não fumava, era visto como bobo. Imaginem o nivel de desconforto. Enfim, todo o ambiente destes locais é feito para disfarçar a realidade de você. Quanto mais eles te privarem dos seus sentidos, mais eles te venderão bebidas e mais voce pensará estar se divertindo. As luzes estroboscopicas, a musica repetitiva industrial...até mesmo a temperatura - beirando o Saara - são feitos pra que voce consuma mais. Repetindo, se estivesse sobrio, provavelmente não duraria naquele local por nem uma hora.<br /><br />A privação de sentidos dura até o momento onde um homem decide que é hora de flertar. Engraçado, mas ir a um evento destes, do tipo dançante, é complicado para os homens. É muita testosterona no ar, com as beldades, já citadas acima, balançando seus corpos, ajudadas pelo efeito de pouca luz, que esconde muitas imperfeições. Não há como não ver homens pendurados aos ouvidos da moças - a musica é muito alta, não é local pra conversas - cuspindo, falando alto, pelo efeito da bebida, tentando dizer algo que possa despertar o interesse da moça - que não seja a sua aparencia - em menos de um minuto. É como uma prova dos 100 m rasos da conquista. Quem falar menos merda em menor tempo consegue, ao menos, um beijo de premio.<br /><br />A aparencia é algo a se filosofar. Claramente, a paquera, nestes locais, é toda baseada no conceito de aparencia. Fica dificil ser atraente ao parceiro de outra forma. Se voce vai chegar gaguejando, bebado, suado e com a roupinha errada - tem que ser uma polo agarradinha, numerada e com brasão - vai fatalmente entrar na fila do não. Aliás, o "não" é a palavra mais dita no local. Tem que ser muito perseverante pra se dar bem por ali. As mulheres ainda podem se maquiar, usar cintas, saltos altos, vestidos curtos...os homens, no entanto, não contam com nada disso. Se for feio, tá na "roça", vulgarmente falando. O jeito é malhar e fechar a boca.<br /><br />Depois deste programão, lá pelos confins da madrugada, voce olha ao redor, naquele fim de festa, e dá aquela desolação. Não só pelo valor da comanda, que poderia te comprar muito mais que uma dança, umas cervejas e alguns nãos (pra manjar esta tem que ter a mente poluida), mas também pela visão horrenda de gente embriagada, meninas gritando, e rapazes se estranhando a cada esbarrão. Quando tem um quiprocó, o segurança, projetinho de animal de UFC ou MMA, usa de toda a sua delicadeza para praticamente matar os autores da confusão, antes de expulsa-los pra se matarem na rua. A imprensa não cansa de noticiar fatos destes.<br /><br />Por fim, voce resolve encerrar a noite, paga sua comanda inchada, sai de lá surdo, tonto, sem voz e com a sensação que pagou pra ser maltratado. É algo meio masoquista, numa geração de sadicos. Faz a gente pensar... Enfim, fazemos a equação da empreitada, e chego a triste conclusão que não me diverti. Os conceitos de diversão, distração, seja lá como chame, são muito diferentes, de pessoa pra pessoa. A vida, no entanto, nos ensina que isto tudo cansa, e não diverte, por isso citei a idade. Ela nos mostra que a diversão passa muito pela qualidade das coisas, das companhias. Dançar é ótimo, faz bem ao corpo e ao espirito, mas é uma questão de ambiente. Num local fétido, escuro, com musica alta, excesso de gente, calor escaldante, banheiro lotado e com atendimento de quinta, a dança certamente não é prazeirosa. Beira o ridiculo. Realmente, tenho estado estagnado, mas a minha mente não para. É possivel flertar em outros lugares, com muito mais atrativos que não seja a flagrante beleza, superficial e pouco util nas relações humanas. Se fosse indicar alguma coisa pra te divertir, fuja de casas noturnas do tipo citado no texto. Vá fazer uma massagem, sei lá. É divertido ser esfregado, beslicado e apertado com oleos e essencias. Vão por mim, é bem divertido!Luciano BNhttp://www.blogger.com/profile/17100194971798704813noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8479456420875472609.post-9775634289574541962011-10-26T11:46:00.000-07:002011-10-26T12:41:01.228-07:00A "Imunização" RacionalPafraseando Tim Maia no titulo, parte de uma das suas musicas inspiradoras, eu pergunto: Onde esteve a razão, quando mais precisei dela? Não sei. Por trás do meu subconsciente, havia um lado racional louco para tomar meu ser como num estado de sitio. Estava anestesiado, amortecido, sei lá, não sentia mais o sangue pulsando nas veias, aquela sensação de poder tomar o mundo para mim, e dele fazer o que quiser. Estar racional é estar ciente dos seus poderes e fracassos, analisando-os antes que os mesmos fujam do controle. Ser racional é ser, acima de tudo, uma fera domada, como um leão enjaulado, mas conhecedor da sua fácil situação de entreter em troca de alimento. <br /><br />Eu estive irracional por muito tempo. Me perdia em devaneios sem a maior preocupação coma solidez das minha idéias, sem compromissos com o aterramento dos sonhos, cada vez mais incriveis, menos focados no conceito mais basico de realidade. Foi um duro golpe sentir a racionalidade chegando, ao me arrepender de ter sonhado tanto e agido tão pouco. A falha do homem moderno é não agir na hora certa, e retomar as rédeas de sua vida. É aí que as falhas começam a ocorrer, como uma avalanche de estupidez, a correr morro abaixo, na sua firmeza emocional.<br /><br />Contudo, sonhar faz parte. Quem não sonha, não flerta com a realidade, mas também não consegue solidificar objetivos. Muitos deles se realizam se você mentaliza os mesmos num cenario real, mas o problema é se perder nestes devaneios. Deixar-se levar por coisas intangiveis, ou então muito pouco embasadas na realidade. Aí nos perdemos de vez, e passamos somente a viver fantasiosamente, e nada mais. Não cheguei a me perder, mas perdi muito tempo tentando materializar o impossivel.<br /><br />Daqui pra frente, só pensarei naquilo que é palpavel, que condiga com minhas capacidades. O racional impera nos homens de boa indole, que perfazem o caminho certo nas suas atitudes. O racional não chora por não ter conseguido, e sim por não ter tentado. Se faz clara a noção que viver as expectativas mais terrenas gera menos sofrimento e nos impõe mais alegrias duradouras, que por consequencia, nos livram de problemas. Estar racional é ser livre, por que não? Triste é o homem que fica preso, encarcerado, em seus sonhos mais profundos e impossiveis de serem realizados. É, sim, uma prisão desumana, esta, de sonhar alto demais, sem expectativas de realização.<br /><br />Liberdade racional é estar consciente que viver mais um dia é tão ou mais interessante que ficar esperando algo por meses a fio, sem que nada mude. O sujeito da mudança na vida de alguém é o proprio dono da mesma, ou seja, ninguém muda a vida de ninguém senão ele próprio. É fato que a racionalidade faz que esperemos menos das outras pessoas, e exijamos mais de nós mesmos. Pessoas sonhadoras demais esperam que a felicidade (termo que odeio, mas que existe, sem duvidas) venha atrás de si, e não procuram alcança-la, gerando frustração nas suas almas. O racional persegue sua felicidade com objetividade, sem se desviar dela ou se frustrar pela mesma estar distante.<br /><br />Eu já não espero nada dos outros. Se quero algo, vou atrás. Garantir seus desejos é reconfortante, e a expectativa de fracasso é atenuada pela sensação que se o mesmo vier, só virá para você, e ninguém mais. O fracasso é uma opção, sempre. E dele tiro lições eternas para não fracassar de novo. Se fosse sonhador, estaria me açoitando pelo fato de ter fracassado, e ficaria pensando como seria se, pelo contrário, tivesse sucedido, perdendo preciosos momentos para tentar de novo. Refletir não é ruim, mas ficar preso a uma convicção sem base, é uma idiotice, e fere o principio da racionalidade humana.<br /><br />Por fim, ser racional não é ser ruim. É saber enfrentar as adversidades sem perder o controle emocional, pura e simplesmente. Assim me tornei, assim desejo estar daqui em diante. Planejar o dia de amanhã é bom, mas sem se enganar, sem ficar se preocupando como será ou como seria, simplesmente planejar. O resultado somente depende se você estava certo, ou não. Dentre as duas opções, a unica certeza é de que a racionalidade vai trazer frutos, e nenhum deles será gerado pela falta de convicção.Luciano BNhttp://www.blogger.com/profile/17100194971798704813noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8479456420875472609.post-4686050629434323022011-09-22T12:27:00.000-07:002011-09-22T14:00:51.957-07:00Mulheres, Insatisfeitas Mulheres.Certa vez, conversando informalmente com homens mais velhos que eu, já na casa dos 60 anos, falávamos sobre o papel do homem na sociedade e como isto vem mudando com o passar das gerações. - Mas e a mulher? perguntei. É fato que muitas coisas mudaram, outras nem tanto, mas o papel da mulher na sociedade mudou radicalmente, num 180° quase que completo de 100 anos pra cá.<br /><br />Havia um tempo, onde o sonho de uma mulher era casar-se, simplesmente. Especialmente no periodo Vitoriano, do início do século XX, a mulher tinha um papel minimo na sociedade, se limitando aos seus afazeres domésticos e suas funções mais básicas. Já a partir da década de 1920, o cinema proporcionou uma evolução tremenda no papel da mulher, transformando-a não só num ser com direitos, mas numa entidade provida de poderes, não só de sedução, mas de opinar, dar diretrizes e ser protagonista numa modernidade emergente desta primeira parte do século XX. Neste periodo a expressão artistica feminina, tanto nas artes plásticas, como nas visuais e líricas foram de extrema importância.<br /><br />Dando um baita salto na história, chegamos ao movimento feminista das décadas de 1960 e 1970, que trouxeram de vez a mulher para a igualdade tão sonhada de direitos, que a inseriria num pacote de atividades e funções antes nunca desempenhadas na história da humanidade. De repente, bombavam mulheres profissionais, que se desdobravam em busca de seu sucesso em suas áreas de atuação, e contraditoriamente, mantendo aquela coisa ludica do sonho do casamento, dos filhos, da familia etc...Sexualmente, com o advento da pilula, a liberdade sexual (entenda-se sexo sem compromisso) passou a ser mais viável para as mulheres que antes viam as suas possibilidades reduzidas, sob o risco de ser mãe solteira. A partir daí, na minha visão, o papel do homem começou a ser afetado. <br /><br />De provedor a mero acessório - dos muitos carregados pelas mulheres - o homem vem perdendo sua importância para a vida delas, muitas vezes tendo que mudar para não se tornar um parea. No dias de hoje, o poder feminino é flagrante. Não só na presidencia da nação, mas em todos os setores, vemos mulheres presentes trabalhando e competindo neste mundo cruel com homens desejosos de uma oportunidade de crescer na vida. As faculdades estão abarrotadas delas, que no passado, faziam cursos como psicologia, medicina e letras. Hoje fazem de tudo, até mesmo engenharia, uma área predominantemente masculina.<br /><br />O lado lúdico ainda persiste, e as mulheres ainda sonham com o tão badalado enlace, mas de uma forma diferente. O tipico homem desejado por elas mudou, e os machões de outrora não têm vez. Por terem conquistado tudo, hoje estão mais seletivas. Não desejam simplesmente só que um homem seja provedor, másculo, inteligente ou que tenha poder. O que elas querem é um homem que seja um pouco como elas, mais feminino, que entenda suas decepções com as pressões dobradas que têm hoje, com trabalho, filhos, casa etc. Querem homens que se cuidem, não se larguem, que frequentem academia, que sejam vaidosos, sarados, inteligentes, bem apessoados, ricos, notórios, com emprego estável, com bom humor, sem pelos corporais, sem mau cheiro, com cabelo vasto, talentoso, criativo...enfim, um super homem, que permeia suas atitudes não só pelo seu lado masculino, ou feminino, e sim num limbo que cria uma nova espécie de homem, moldado pelas femeas de hoje, mais descoladas e sabedoras do seu poder na sociedade.<br /><br />Restam aos homens compreederem que suas atitudes não mais agradam a esta mulher cheia de vontades. Ou se adaptam, ou se perdem na solidão. A mulher lida melhor com isso, sabe ser sozinha sem ser infeliz. Para o homem, que sempre se acostumou a ter companheiras no passado, a solidão é um cancer que mata cedo. É mister para o novo homem ser mais feminino. Ou seja, ir às compras com ela, ir ao salão com ela, chorar quando ela chora, engravidar (nem que seja pra carregar um saco de arroz de 5kg na barriga durante a gravidez dela), curtir as TPM´s cada vez piores - pois elas estão sob um estresse muito maior - e não reclamar quando elas não quiserem sexo por muito tempo, alegando problemas que nunca passariam pela cabeça de nenhum homem de verdade.<br /><br />Claro que o parágrafo acima está cheio de ironias, mas que querem exemplificar uma realidade que está presente. Naquela conversa, informal, com os homens de mais de 60, os mesmos concluiram da seguinte forma, ao se direcionarem a mim, após deliberarem sobre o assunto: - Rapaz, ainda bem que não tenho a sua idade, a mulherada de hoje não dá pra aguentar. Eu, cheio de mim, já com meu burro na sombra, virei para meu filho mais velho, que ainda não sabe o que é uma mulher, e disse: - Filho, boa sorte com as mulheres , você vai precisar.Luciano BNhttp://www.blogger.com/profile/17100194971798704813noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8479456420875472609.post-91581034662152333372011-08-30T12:46:00.000-07:002011-09-01T11:44:50.168-07:00Sangue, Alcool, Lutas e DespudoresNa presente situação em que estou, sempre que posso e desejo sair, frequento bares. A noite é um reduto para mim e um átrio de observação das mais estranhas criaturas que a habitam. Fico feliz em sair com amigos de longa data, me inebriar um pouco, dividir experiências, conversar sobre tudo, enfim, socializar-me. Numa destas noites, a qual eu estava particularmente amargo, resolvi encontrar meus distintos para jogar conversa fora, e num bar destes escolhidos ao acaso, ficamos bebericando e contando nossas amenidades.
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<br />A sensação de estar em um lugar, com pessoas queridas, não pode ser melhor, mas eu clamo por observar as pessoas ao meu redor. Algumas imagens, de cara, já me bombardeiam as pupilas e se dispõem a serem comentadas com o máximo de cuidado. Ao chegar ao local, me deparo com uma mesa imensa e repleta de adolescentes, entre 15 e 19 anos, aproximadamente. Até aí, tudo bem, eu sempre acho legal estar perto de gente jovem. O frescor das idéias, a beleza das moças, ainda na mais tenra idade, o furor dos rapazes ao quererem pra si toda a atenção, quase que num surto de infantilidade sadia, bradando e agindo como os tais. Eu me divirto com eles, e gosto de tê-los por perto. Mas algo me incomodava. A juventude é o laboratório da nossa personalidade, e ali estavam os pequenos camundongos desta grande experiência que é a vida. Seus copos enchiam mais que seus espiritos inflavam. Estranhamente, algumas moças estavam bebendo como se nada mais fosse importante naquela reunião gaudia. Bebiam, sem controle, deseperadamente, como se fosse o último drinque de suas vidas.
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<br />Fato é que, o estabelecimento, já estava incorrendo no maior dos erros, ao vender bebida pra tanta gente menor de idade naquela mesa. Apesar das curvas das moças, não preciso ver os documentos delas para adivinhar que as mesmas ainda não romperam os dezoito anos. Eu nunca fui santo, e sei que exagerei na minha adolescencia. Mas também sei que os estabelecimentos sempre negaram veementemente me vender bebida na minha época. Era frustrante, mas me livrou de muitas babaquices. Hoje, no entanto, percebo que os bares já nem tentam proibir. Liberam mesmo sem pedir identificação. Uma pena.
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<br />Uma moça em particular bebeu muito além da conta. Ela era um pouco obesa, mas bonita, jovem, e acompanhada de uma rapaz mais velho. Ela entornava caipirinhas em seu sistema digestivo como se aquelas fossem sua água num deserto. Não demorou muito, e ela perdeu o controle de suas ações, derrubando copos, cadeiras e empurrando pessoas, dado o seu tamanho. O salto imenso que a mesma vestia, também não ajudava. Por fim, após alguns minutos, o vomito foi inevitável, e uma noite que tinha tudo pra ser ótima se transformará num pesadelo, ao passo que seu acompanhante, num elan de odio e compaixão, a retira com tudo do recinto e a leva não sei pra onde. Como pai, aquilo me atingiu.
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<br />A noite estava indo bem, nós conversávamos bastante, as palavras fluiam e nossa cervejinha molhava nossos paladares, já responsáveis pelos anos de aprendizado com os maleficios da bebida, especialmente fora de casa. O grupo na mesa ao lado ainda persistia, apesar do alto teor alcolico de todos e do barulho, que aumentava a medida que eles iam tomando mais alcool. Chegaram doses de tequila, cervejas, energéticos, vodkas etc...Era um coquetel de deixar até o mais profissional bebado dos bebados com vergonha. Chega um bolo fumegante, vejo que é aniversário de alguém na mesa. A aniversariante é uma moça, bem mignon, loira, com não mais que 16 anos. Ela têm tatuagens nas pernas, o vestido é bem pequeno, tem piercing no nariz. Deveras, um fruto de um casal de pais bem liberal, ou não. Eles dão os parabéns a ela, entoam a famosa música e distribuem o bolo. A moça, já tropega, começa a distribuir beijinhos entre os convidados daquela mesa. Ela chega na parte de suas amigas e começa a beija-las na boca, e os rapazes fotografam com seus celulares brilhantes. A coisa começa a ficar mais estranha ainda, e ela parece ter curtido a brincadeira, pedindo fotos a cada beijo que dava em suas amigas, também embriagadas. O recato, naquele momento, que toda a moça deveria ter, já havia sumido.
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<br />Nós, que estavamos na mesa ao lado, interrompemos nosso papo com aquela visão, afinal de contas, somos homens. Naquele momento, eles se sentiram poderosos, e acharam ótimo nos ter calado com tal show gratuito. Havia um misto de reprovação e curiosidade nos nossos olhares, ja empertigados pelos recentes trinta anos de vida. Aquilo virou assunto em nossa pequena mesa, e nos questionávamos a motivação da moça para proporcionar tal atitude de exibicionismo assim, sem sentido. Aquele projeto de Paris Hilton, lascivamente agindo como uma socialite bebada, nos prendeu a atenção e nos travou o assunto.
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<br />De repente, todos começaram a gritar, como num estádio de futebol. O bar inteiro olhava para o televisor. Eu, que estava de costas, de inicio, não dei muita atenção. Ainda tentava digerir aquelas coisas que houvera visto, mas fui logo alertado pelos amigos. É o UFC! Sim, UFC, agora no Brasil! Não vou bancar o idiota e dizer que não sei do que estas letras se tratam, e o que elas representam numa nação como a nossa. Um homem espancando outro até que um dos dois caia inconsciente, num ringue em forma de octógono, com grades, um juíz (pasmem, para quê?), e um publico sendento por sangue. Comecei a pensar que, na Roma Antiga, o negócio das lutas que iam até a morte era lucrativo. Envolvia escravos, homens páreas, e girava um mercado de riquezas inimagináveis para todos os envolvidos. Os politicos usavam estas lutas para entreter um publico enfastiado, louco por violencia insana que fizesse sua adrenalina fluir. Azar dos lutadores, que se não lutassem, morriam da mesma forma. Isto foi a mais de 2000 anos atrás. Olhei o UFC na televisão, o sangue no chão do octógono, o público gritando enfurecido clamando pela destruição do adversário, olhei os patrocinadores do evento, os tais lutadores. Achei aquilo bem a cara do brasileiro, que convive tanto com a violencia no dia a dia. Ali ele extravasa o desejo de ver alguém ser espancado. Não é tão diferente das noites e noites deste país, onde jovens saem para se divertir e acabam espancados, estuprados ou mortos. Há claramente uma identificação master deles com a luta sem ética, a luta ensanguentada, a beberreira desregrada, o homossexualismo exibicionista e o desejo de chocar. É um retrato claro de uma juventude criada sem limites: Uma luta sem limites, uma farra sem limites, uma morte sem limites. Assim Roma ruiu. Assim, nos caminhamos para a ruína.
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<br /> Luciano BNhttp://www.blogger.com/profile/17100194971798704813noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8479456420875472609.post-38727873701364362932011-07-18T20:03:00.000-07:002011-07-19T10:16:20.295-07:00As 24 Horas Ácidas e Reais.<span style="font-weight:bold;">Sábado, 00:00hs, aproximadamente</span>. A mente acelerava com pensamentos furtivos sobre o que fazer num momento destes, onde nada faz sentido e tudo abruptamente aparece como opção ao tédio. Uma visão estonteante atinge os olhos, ocasionando um brilho flamejante aos mesmos: uma garrafa do mais puro e etilico Bourbon já fabricado. Ali, jogado num canto, como a atrair a mais atroz alma imbuída do espirito de autodestruição, que somente os mais loucos entendem. Sorvido o liquido, a noite estava por iniciar.<br /><br /><span style="font-weight:bold;">Sábado, 02:00hs</span>. O nivel de embriaguez ficava severo. O alcool é perverso, eleva seu escravo a um patamar de idiotices serenas, onde tudo fica estupidamente claro demais para ser verdade. Nada parece ser um impedimento, pensa-se claramente e fala-se atabalhoadamente. Depois de um certo momento, algumas funções motoras são perdidas, pode-se, inclusive, perder-se as contenções das necessidades fisiologicas. E tudo isso pode parecer no minimo prazeiroso no momento. Num raro e momentaneo lapso de racionalidade mira-se ao espelho e se percebe tropego, disfuncional. Não era pra tanto, a medida do prazer e do sofrimento reside exatamente na dose do entorpecente, seja ele qual for. Onde estaria o prazer daquele momento? Certamente a medida já houvera ultrapassado o tolerável. Onanisticamente falando, restaura-se forçosamente o prazer na Era digital, abusando do manual. Mais claro que isso, impossível. É como uma autopunição mascarada de prazer.<br /><br /><span style="font-weight:bold;">Sábado, 05:00 hs e minutos incontáveis</span>. Onde estará a realidade? Que jogo depravado se está jogando por aqui? Seria aquele pão com manteiga envelhecido por mais de 24hs um retrato fidedigno de uma realidade palpavel? Ninguém é mais real, são todos hologramas. Todos agora são projeções do que querem ser. Aqui dentro só há uma realidade, e não é tangível. É uma realidade morta, é perigosa, sem padrões definidos. Só pode ser loucura. Que aspectos perversos da solidão ainda haverão de açoitar a alma? E este barulho desgraçado de motos e caminhões? É tempo de relaxar. Onde estarão os sedativos? Surtado ou não, ser paranóico não ajuda nesta <span style="font-style:italic;">Trip</span> infernal, estando preso num mesmo substrato. Querem realidade? A realidade está nos beijos negados, nas chances tolhidas, nos desejos abafados, nas decisões indefiniveis, na falta do básico, no encardido da roupa, no fundo da porra do copo, ainda melado pelo mais fino Bourbon. Realidade é saber que nada é definitivo e que a morte é uma saída.<br /><br /><span style="font-weight:bold;">Sábado, 09:00hs</span>. Que maldição, as portas rangem sem uma força maior que as mova. Neste momento a realidade já foi para as picas, o efeito alcolico sumiu e o ranger das portas nada mais é que o vento uivante de uma manhã fétida e insossa, cuja alvorada passou batida. A mente volta ao seu estado mais irreal possivel, o surrealismo das formas que dizemos ser reais tomam seu lugar naturalmente neste mundo em que nada mais faz sentido. A solidão é uma opção importante para, ao menos, flertar com a realidade. Farsa é viver junto com alguém que te vende sonhos, mas não te possibilita reconhecer-se, deveras, como realmente é. O isolado se reconhece pois nada lhe é mascarado. A ele só lhe resta sorver dos néctares mais amargos como o mais puro fel. Quiçá a solidão seja um instrumento de definição de importancia da existencia de alguém para o mundo, e da necessidade da sua perduração num quadro social. É um instrumento, sim, da verdade mais importante: a verdade para si. <br /><br /><span style="font-weight:bold;">Sábado, meio dia</span>. Seria necessária uma total higiene mental para que as sequelas de um descompromisso com o que é racional desaparecessem, e que pudesse voltar a ser um agente da realidade para os irreais. Nesta hora algumas necessidades do corpo afloram, e a vontade é de suprimi-las o quanto for possivel. Todos os porcos que vivem neste mundo saem de seus chiqueiros eventualmente, não? Por que não pastorea-los de volta a seus covis, com seus sorrisos asquerosos e personalidades audazes, de forma a ensina-los um pouco de realidade nua e crua. Um pouco de agitação não seria ruim, e ver alguns porcos guinchando de sofrimento pela total falta de comprometimento com a vida em sociedade não seria de todo ruim. Onde estarão estes suínos? Não precisa ir muito longe, há milhões deles. <br /><br /><span style="font-weight:bold;">Sábado, 16:00h</span>s. O corpo sofre pela falta de tudo, e pelo excesso do nada. O tabagismo é uma opção, e dele pode-se arrancar mais algumas tiras do prazer ininterrupto, pelo puro meio de se enganar o cerebro com cerotonina narcotica. Algumas baforadas e as idéias de justiça somem com a fumaça, dando lugar a uma necessidade, quase que espasmódica, de inspiração. Sim, conseguir uma veia inspiradora qualquer que faça ebulir o sangue e dar um sentido a tanto <span style="font-style:italic;">nonsense</span> disfarçado de desencanto. O prazer veio de novo e estava querendo guiar o cerebro como um cego ao volante de um carro. Alheio aos obstaculos, a realidade naquele momento era uma decepção, mas não tão somente isso. Era uma esperança de que o dia de amanhã será sempre mais que hoje, repetindo o clichê. Em mais um espasmo de inspiração vem a necessidade de revolucionar. A revolução é a saída dos tolos para os seus mais profundos desejos. Todo canalha quer mudar algo, de forma a mascarar suas desventuras. Que tal mudar?<br /><br /><span style="font-weight:bold;">Sábado, 21:00hs</span>. Alimentado de idéias revolucionarias a mente acelera de novo, em busca de algo que sacuda o mundo dos suinos audazes. Os porcos são criaturas egoístas, chafurdam em seus próprios egos de bosta, quando são, na verdade, criaturas amestradas por uma midia manipuladora. Os porcos comem, fodem, bebem, defecam e, não satisfeitos, defecam uns nos outros. Há porcos psicopatas, porcos justiceiros, porcos déspotas e até mesmo porcos revolucionarios. O que move a lealdade dum porco? A grana. Como tornar um porco num ser humano? Prive-o da grana. Uma bela criatura se forma da privação dos seus desejos realizados pelo capital. O afloramento do bom humano se dá no momento da falta. Ali, ele é domado. Seu espirito suino fica pra trás pela pura falta de poder atribuido pelo dinheiro. A revolução tem um caminho traçado. <br /><br /><span style="font-weight:bold;">Domingo, 00:00hs</span>. Foram 24hs da formação do carater de um homem, do auto conhecimento. O entorpecente, a privação, a reclusão e o divorcio com a realidade imposta por todos foram elementos de entendimento do que é estar só num mundo que não lhe quer. É uma luta injusta com o <span style="font-style:italic;">establishment</span>, que força as mentes alternativas a se desligarem, por um momento, da realidade imposta para, enfim, encontrar a realidade que mais lhe apetece. O que é real é aquilo que se constroi, mesmo que em pensamentos. Ninguém te impõe a realidade, como se ela fosse um produto pronto para ser tomado, bastando agitar antes do consumo. O paralelismo da realidade de um é a loucura nos olhos de outros. O corpo esmorece, reconhecendo a perda da batalha revolucionaria para os suinos da segunda-feira. A privação foi grande demais, e o reino dos suinos maltrata demais seus desertores.Luciano BNhttp://www.blogger.com/profile/17100194971798704813noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8479456420875472609.post-58359017262670743542011-06-29T09:05:00.000-07:002011-07-04T12:43:17.360-07:00A Minha Nota Do SubsoloDostoievski descrevia o subsolo como um estado da alma onde nossos pensamentos mais sombrios se revelam. Seres introvertidos e observadores vivem no seu subsolo até que alguém os resgatem para a vida entre os comuns. Muitos não saem de lá nunca. O subsolo me atrai, lá recupero a segurança em muitos aspectos da vida, observo meus semelhantes e constituo uma forma de ver a vida muito mais abrangente do que somente as aparencias querem me dizer. <br /><br />Estado da alma, não? É verdade. Por vezes o subsolo me atinge como se houvesse sido abduzido, puxado como que forçosamente para os cantos mais abissais da minha consciencia. O que fazemos lá? Expulsamos as superficialidades, absorvemos o auto conhecimento, olhamos o outro e pensamos se o mesmo nos salvará deste poço. Não, ninguém aqui está deprimido no subsolo, ninguém vai morrer por estar lá. É mais que um simples desprazer psicológico. É um momento onde as palavras simplesmente são substituidas por pensamentos, fala-se menos e reflete-se mais. O subsolo é algo notavelmente confortável e nos permite grandes conclusões.<br /><br />Aqui do subsolo vos escrevo, estou chafurdando nas minhas próprias idéias fixas sobre a sociedade, e delas espero abstrair o máximo de entendimento sobre a mesma, reconhecendo também o meu papel neste interim. Vejam só aquele cidadão, num carro estilo <span style="font-style:italic;">offroad</span>, ou aventureiro, como queiram. Eu acredito que o carro, com o passar dos anos, virou um meio de expressar quem somos, e este cidadão quer expressar algo...o que o subsolo me ajuda a concluir? Ele mora numa cidade asfaltada, sem estradas de terra. O carro está limpo e sem traços de lama. O máximo que viu de sujeira foi a poeira do ar. Ele está vestido socialmente, talvez seja bancário e sua pele é branca como cera, denotando passar grandes períodos sem tomar sol, ou fazer as ditas aventuras propostas pelo veículo, que o permitiriam ter um bronzeado muito melhor. Pelo adesivo na traseira, ele tem apenas um filho e uma esposa, não necessitando do vasto espaço do automovel. Aliás, por que o adesivo na traseira? O que mais ele quer passar ao mundo exterior? Que é um homem de família? Que é melhor do que eu por isso? Ou talvez seja só um exibicionista, assim como uma larga parte da sociedade de hoje, assolada por informações excessivas em redes sociais? Deve ser de tudo um pouco, mas voltemos ao propósito do carro, para quê este cidadão precisa de um veiculo <span style="font-style:italic;">offroad</span>? O subsolo me diz que este homem quer mesmo é mostrar algo, por meio do bem de consumo, que ele não é. Provavelmente, o individuo que realmente precise deste meio de transporte não tenha a capacidade financeira para te-lo, talvez por passar muito tempo em suas aventuras, ou trabalhos braçais. Logo, o nosso amigo "bancário" quer praticar o bom e velho escapismo: - Se não sou, ao menos vou expor à sociedade que pareço ser. Sempre sonhei em ser durão, <span style="font-style:italic;">hardcore</span>, radical, mas no fim, não passo de um pai de família com mania de grandeza. Faz sentido.<br /><br />O subsolo é assim mesmo, nos dá a verdade por meio da ironia. Esclarece escarniando. No entanto me sinto feliz por estar aqui, muito embora seja algo muito solitário. Outra coisa me vem a mente, e penso: - E aquela moça sufocantemente bela que acaba de adentrar meu campo de visão? Cabelos alisados à perfeição, óculos escuros importados que cobrem quase a totalidade de seu rosto, mas não escondem um belo nariz, fabricado pelo mais conceituado cirurgião. Pele alva, mas coberta por uma maquiagem bem feita, até um tanto forte. Cheiro marcante, amadeirado, com notas de pinho. Corpo esguio, alto, ornado por belas roupas, talvez de alta costura, pernas de fora proporcionalissimas, clarinhas. Mãos e pés bem cuidados, um traço marcante de ter evitado trabalho manual e pesado durante sua curta vida. O que ela quer transmitir com isso? Obviamente o subsolo é imprescindivel na qualificação daqueles que não pertencem a ele. É obvio, também, que esta moça jamais vai observar as coisas daqui, pois ela é notavelmente um ser da superficie. É superficial, não? Ao menos parece ser. Algo me diz que ela tem posses, ou ao menos quer parecer ter. Se for a segunda opção deve estar endividada até o pescoço. Entretanto, se for mesmo rica, deve ser bastante dificil e hostil. Olhem o esforço que ela faz para não olhar os seres ao seu redor. Parece uma contradição, mas ela não quer olhar os outros, mas quer que os outros a olhem. Se não fosse desta forma, porque se vestiria tão bem, e cuidaria tão bem de sua aparencia? Sim, ela deve ser dificil, no minimo arrogante. Deve estar num estágio de consciencia em que se não for notada, cairá em frangalhos. Precisa disso, se alimenta disso! Não parece nada sexual, mas no fim, é somente por isso que pode se fazer ser notada. Às mulheres, no entanto, ela que causar inveja, quer diminui-las. Definitivamente ela é um belo exemplar, mas não se enganem. Por dentro existe um ser humano, sim, existe uma criatura insegura, louca pra se destacar de alguma forma. O exibicionismo exagerado a impulsiona e os olhares de quem quer que seja são seu combustivel. Deve ser fragil, facil de desmontar, como um castelo de cartas. Deve ser sensual, mas não sexual. Trava-se facil para o sexo, por criar uma barreira imaginaria à frente dela, expondo tanta imagem para tão pouco conteudo. Eu imagino a dificuldade que deve ser viver dentro dela, esperando o reconhecimento a cada olhar, em cada esquina. Que ser humano superficial! Por isso gosto do subsolo.<br /><br />Aqui as estórias fluem como rios venenosos a verter para o imaginário sem fim, pois no subsolo somos livres pra pensar da forma que desejarmos. Não interessa quem o ou quê, sempre há espaço para, inclusive, ir mais além. A zona de conforto que o subsolo provê só não é tão boa quando o mesmo se vira contra você. Daqui de dentro passei a me conhecer melhor e a tirar conclusões que jamais tiraria estando na superficie, vivendo com os outros "seres de atitude". Aqui abaixamos a bola, popularmente falando, nos policiamos e vemos que somos falíveis, detestaveis e deploraveis em alguns aspectos. Olhe só aquele exemplar, belos filhos, boa vida, mas com grave problema: ele não se gosta. Sim, já ouviram falar daquele homem/mulher que pode ter tudo na vida, mas não tem aquilo que ele mais deseja: um retrato perfeito de si próprio? É aí que o subsolo fica perigoso, exatamente quando criticamos os superficiais e pensamos quanto a nós mesmo. Ora, eu mesmo disse que o subsolo nos serve de observatório, para que possamos nos tornar melhores, sem jamais ir para superficie sem razão. É isto mesmo, mas a autocritica é o limite disso. Pois bem, segue a vida daquele homem, preso no subsolo, mas incauto à realidade. Ele não tem autorespeito e se odeia mais a cada dia que passa. Ele cobra muito de si, exige muito pouco dos outros, e se ve preso numa miseria sem fim. Ele tem todos os instrumentos para deslanchar numa perfeição de vida, mas se atrasa em seus pensamentos mais indignos. Muitos pensam dele ser um canalha, um arrogante, um párea. Mas ele é um homem com tanto a dividir com o mundo, alguém que as pessoas podem confiar, um cara de principios. Infelizmente ele não consegue, ou não pode demonstrar isso ao mundo, e o mesmo se esconde no subsolo, onde o isolamento da consciencia o consola. Aqui, no subsolo, jaz um sem rumo, um homem com alma subterranea, habitando um porão sombrio, mas com ganas de flertar com a superficialidade. Neste subsolo em particular tem um maldito espelho, e por ele acabo por ficar preso, aqui, distante. É, o subsolo é perigoso demais quando passamos a esmiuçar nossa própria e profana personalidade. Voltemos aos outros.Luciano BNhttp://www.blogger.com/profile/17100194971798704813noreply@blogger.com0