quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Os Dias Atuais

O estranho para a maioria é precioso para mim, o trivial deixo para a massa teleguiada por costumes vulgares. Quero tudo e nada!
A profundidade das palavras atinge o Ser como flechas certeiras, e quem as absorve inspira a doce fragrância de um jardim infinito, onde a variedade de opiniões equivalerão às espécies florais verdejantes e coloridas.
Vivo e morrerei pensando, simulando e buscando a perfeição por meio de paradigmas tomados como diferentes aos atuais adotados. Dizer que não falei do sentimento, ora, o sentimento. Nada mais do que apêgo ao inapegável, um caleidoscópio de ilusões sem ordenamento lógico que se traduzem em atitudes descabidas.
Vendido pela comunicação como produto, o sentimento é trocado por sensação de poder. Ah, o poder, lúgubre, doce e egoísta, como sempre foi e sempre será. Quem sente algo, quer se apoderar do seu objeto sentimental, possuí-lo e desfazê-lo quando o mesmo não mais lhe servir.
Sinto falta de sentimentos eternos, polisentimentos, multisentimentos, supersentimentos que não inspirem poder. O aspecto territorial da monogamia é fruto do cristianismo ultrapassado, castiga o Ser que contesta porque pensa, porém não busca a revolução. Aliás, e a evolução? Evoluir por evoluir, ao instaurar novos padrões, que graça tem? O indivíduo social se torna anti-social com a passar dos tempos. A civilidade cai a descontento dos bispos, pastores, rabinos, aiatolás e pais-de-santo, e sucateia o cérebro humano pela falta do conhecimento das tratativas sociais a serem tomadas como meio de interação perfeita entre nós.
A riqueza do Ser também deve ser cultural, mas é monetária. Perdem-se séculos de momentos importantes na busca pelo capital, pois o mesmo nos destaca no quadro social. Volta-se ao poder, que impulsionado pelo capital, é irrestrito.
A verdadeira libertinagem e vulgaridade reside na falta de conhecimento, educação e respeito pelo semelhante. Não deverá ser julgado como tal aquele que busca sua satisfação sentimental, pessoal, sexual, profissional etc...
Puna-se a ignorância, recompense-se o conhecimento. Adeus barbáries, olá amor livre! O verdadeiro herege está entre nós, julgando semelhantes e cometendo atos destrutivos à humanidade. O mesmo que busca alívio na religião é aquele que destrói e corrompe seu semelhante, tendo seu arrepedimento aceito, compensando seus erros desta forma.
Só algumas idéias, e nada mais.
A idéia tipificada de iconoclastia atual derruba tudo aquilo que enriquece o ser. Escravos submongolóides guiados por tendências fashionistas (sic) se abduzem da verdadeira importância de viver que reside em conhecer. Ornamentar a sí próprio é primitivo, coisa tribal, incoerente com a modernidade atual, chafurdada em conhecimento livre e prático a quem interessar. A vestimenta completa o humano incompleto, estratifica o aculturado, dando-lhe projeção e proteção contra olhares pré-julgadores. Afinal, o aparente é mais palpável que as internalidades inacessíveis. O ser profundo carece de atenção, de ouvidos alheios, que escutem e aprendam, que passem adiante o aprendido. Será culpa da efemeridade de tempo? Será simplesmente ócio? Será ignorância pura e simples? Poucos se dispõem a enriquecer seu caleidoscópio cultural. Os que ainda o fazem são maravilhas modernas, estrelas extintas num universo de perdição em expansão. Quem viver, verá a queda dos pensantes e a ascensão da estupidez. Espero estar morto!

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