terça-feira, 25 de agosto de 2009

O Caminho Das Pedras

por Fabrício Samahá


Querem rir da indústria automobilística nacional, leiam este artigo.


http://www2.uol.com.br/bestcars/editorial/atual.htm

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Podemos Morrer, Não Esqueçam.

Por toda a nossa existência sempre haverá um temor que se transforma em certeza sempre que paramos para pensar na morte. É uma fase natural da vida, muitos dirão. É uma certeza inexorável. É uma passagem para outro plano. São diversas as definições e maneiras que a nossa mente assume para esse fenômeno natural inerente à vida. A religião ajuda muito a diversificar as opiniões e definições sobre ela.

Afinal de contas, pensando friamente, o que difere a morte de um homem e de um animal? Ou de uma planta? Fisiologicamente pensando, nada. No que tange ao reino animal, em que pese o tempo de vida, quase todos os animais morrem da mesma forma. Perecem com o tempo, padecem de uma moléstia qualquer ou são mortos por outro animal. No que tange aos seres-humanos, temos um cérebro muito desenvolvido que nos faz ser os únicos seres que pensam e que, talvez, reconheçam a existência da morte. Ora, se temos consciência da morte, por que não entramos em parafuso ao estarmos tão próximo dela no dia a dia? Não existe explicação para isso. Somos mortais, e disso sabemos somente. No fim, tudo que nos resta é flertar diariamente com o risco de morrer antes de atingirmos qualquer objetivo na vida. Temos muito medo disto, pois cada dia mais queremos viver intensamente cada momento. Já ouviu alguém dizer que o tempo passa mais rápido hoje em dia? Isso se explica facilmente, ou seja, não é o tempo que passa mais rápido. A terra continua girando à mesma velocidade. Nós é que preenchemos nossa vida com mais atividades a medida que nos desenvolvemos como sociedade, e isso faz que o tempo passe mais rápido. Antigamente, sem eletricidade, entre outras coisas derivadas disso o tempo era extenso e a vida, mais pacata. A tendência é que as gerações atuais sintam que seu tempo será cada dia mais curto para realizar cada vez mais tarefas, e o resultado de tudo isso é a insatisfação e o estresse.

Engraçado também é compreender o porquê de mais seres-humanos terem vontade de passar perto da morte, e ter um certo prazer nisso. Alguns dizem que a Adrenalina é viciante, e eu não duvido. Por ser um hormônio, a mesma é uma droga natural e, logo depois que é despejada no nosso cérebro, a mesma gera um prazer indescritível, só comparado ao momento pós-orgasmo. Por essas e outras, vemos indivíduos se jogando de aviões, pontes, prédios, correndo com veículos, motos, aviões etc. Acredito que esse comportamento deve ser cada vez mais estudado, visto que é interessante perceber o quanto a Adrenalina é um elemento, produzido pelo próprio corpo, que é supressor do medo da morte.
No aspecto religioso, acreditamos na certeza que no pós-morte viveremos na eternidade. de uma forma ou de outra, isso sempre se encaixa numa doutrina ou outra. Nem quero discutir isso, mesmo porque nos ajuda a superar uma certeza que nossa existência é finita. Entretanto, deve-se entender que a religião se esquece de um aspecto interessante: Somente os humanos têm uma vida após a morte? Os animais parecem não ter esse direito, ou melhor, ter uma alma. E a morte de muitas pessoas durante um desastre, como o de 11 de setembro de 2001? É uma grande encomenda divina que aquelas pessoas se juntem num mesmo local e que todas morram de uma vez? E os sobrevivente, ganharam outra chance? Para estas perguntas, a resposta é sempre a mesma: São os planos de Deus. Fica tudo mais fácil quando deixamos para Deus a culpa pelos nossos mortos e nossos sobreviventes.

Em conclusão, estar em harmonia com nós mesmos é a melhor maneira de lidar com esse inevitável momento. Vindo a morte num momento oportuno ou não. É importante saber que nem todo o mundo, ou quase ninguém, morre velhinho dormindo na cama. Muitos elementos atuais podem apressar esse momento, sejam moléstias (câncer, pandemias, HIV etc.), sejam desastres (avião, carro, ônibus, terrorismo etc.) ou sejam mortos por um semelhante, a morte está à espreita,e nossa vida pode ser abreviada sem aviso. Temos que estar sempre preparados, pois para morrer, basta estar vivo!

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

A Mulher Que Trai


(Conto extraído de um fórum muito particular na internet. O seu autor, que chamarei de D.L., também prefere o anonimato. Leiam, e me deixem estuprar suas mentes com este tema tão delicado)


Ao iniciar esta filosofice, o crucial é que tomemos conhecimento de um primeiro conceito: mulheres são monogâmicas, mas homens são poligâmicos. Pronto! Diante dessa regra básica, podemos prosseguir no assunto.

Homens, teoricamente, não traem. Eles amam a mulher que os acompanha. Porém, homens sofrem de uma libido mais selvagem, doentia, precisam extravasar esse lado mais primitivo, fora do casamento ou do compromisso que possuem com a fêmea da mesma espécie. Os homens não traem, eles somente exercem uma variação necessária no sexo, é um impulso irrefreável da nossa natureza. Diversificamos no sexo, mas somos fiéis ao sentimento que nos une a nossa companheira.

A mulher é diferente, ela guarda a maldade de Eva que nós, os machos, não temos. A mulher trai! E, como um Judas de saia, inicia a traição com um beijo em nossa face. O pior desta tragédia é que, geralmente, o homem traído é um sujeito apaixonado, um cego. A traição feminina é ordinária e cruel.

Os homens traem para fazer a manutenção do amor. As mulheres nos apunhalam para avaliarem se vale a pena fazer uma troca oportuna de parceiro. Por não sentir vergonha, eu confesso: fui traído, mais de uma vez! Creio que fui covardemente traído em todos os relacionamentos onde a iniciativa de romper o romance partiu da minha parceira. Em quase todos os casos, eu descobri que o meu chifre fora semeado antes do término da união. Uma ignomínia!

Lembro de dois casos que, de tão trágicos, tomaram ares de comédia.
No primeiro episódio, eu namorava uma morena linda de Bangu. Chegando para visitá-la numa noite, aproveitei para jantar em sua casa. De repente, o telefone tocou na sala, ela corre para atender e escuto uma frase sussurrada:- Ele está aqui, já vou mandá-lo embora.Foi a primeira vez que a perspectiva de ser um Corno ingênuo e pacato me arrepiou! Quando ela voltou à mesa, agi com naturalidade e não toquei no assunto. Ao me despedir, ela disse que precisava falar comigo, que preferia encerrar a relação. Perguntei se ela estava interessada em outra pessoa, negou como Pedro rejeitou Jesus. Uma semana depois, eu a encontrei tomando sorvete, de mãos dadas com um rapaz, na Praça Saenz Peña. Como se já não bastasse a vergonha da traição, ainda fui visitado pelo azar.

Na segunda cena, eu também estava no apartamento de uma namorada, no meio da madrugada percebo que ela não estava na cama, levantei e segui um som de teclas de celular que vinha da sala. Quando surgi, ela se assustou! Explicou que estava me mandando um torpedo! Mulheres e o dom de mentir! Percebi a dissimulação e a pressionei pela verdade. Perguntei se estava interessada em outro homem. Para a minha surpresa, ela respondeu que sim, descaradamente:- Eu gosto dele, mas gosto de você também. Tenho vontade de ficar com ele, mas também tenho vontade de ficar com você...Foi quando percebi que a traição para a mulher é um estado de escolha, um momento de transição, é quando ela avalia se trocará o certo pelo duvidoso.Esta última também terminou comigo, intimidei demais e acabei antecipando a escolha. Para o homem, a traição não vem sozinha, ela é seguida pela humilhação. Como eu disse, o homem traído é o homem que ama, muitas vezes aceita o intolerável.

As possíveis reações de um homem traído são imprevisíveis, como ocasionalmente temos a oportunidade de acompanhar pela imprensa.Meu conselho, Corno apaixonado, é que não precipite um desfecho que possa prejudicá-lo em algum aspecto. Encare sua condição com serenidade e resignação, aguarde o momento em que ela lhe comunicará o resultado da análise e a decisão se irá ou não reciclá-lo. O papel do Corno sensato é ser manso!

Foi assim que agi até hoje diante da traição feminina, me resignei e esperei minha avaliação. Quase toda mulher leva dentro de si uma Capitu, meu caro leitor. No entanto, é meu dever deixar um aviso para as mulheres que traem: tome tento, mulher desprevenida! Nem todos os Cornos tomam Lexotan, um dia você cruza com um Cornudo louco e aí... Os loucos são os Cornos que descobrem que podem usar o chifre pra machucar aquela que os enfeitou. Cuidado, mulher promíscua!


(Toque do blogueiro: Hoje elas, amanhã nós. O mundo está mudando)

O Que Move A Violência?

  Por quê escrever intenpestiva e agressivamente, quando todos sabemos que tal comportamento já não é mais referência na sociedade atual? Ser agressivo, seja com palavras ou gestos, não causa mais nenhuma sensação nos dias de hoje e, sim, é parte do nosso dia-a-dia.

  Quando ler um jornal, assistir televisão, filme ou a uma peça de teatro, lembre-se que nossa agressividade está sendo liberada em doses cavalares em nosso semelhante, gerando nojo de nós mesmos quanto a tudo aquilo que nos cerca. Crianças, jovens, adultos e velhos. Todos vítimas e agentes da violência diária. Como não se desencantar com um mundo, na teoria tão belo, e na prática tão podre? Sim, a sociedade se perdeu em algum ponto, indefinivelmente se perdeu no processo evolucionário, onde éramos seres tribais por virtude e meio de sobrevivência.

  Com tanta facilidade para se obter a felicidade atualmente, por quê não a alcançamos? Será que a frustração do fracasso nos leva a sermos destrutivos contra nossa própria espécie? É isso. Somos todos frustrados num mundo que tenta nos elevar, porém nos derruba ao estar sempre nos lembrando daquilo que não podemos ter. Afinal de contas, para quê serve o marketing senão para nos lembrar que estamos obsoletos na cadeia de consumo? Daí surge o ímpeto de agredir, de regredir, agir como meio homem, meio animal. Infringir regras nos ajuda a nos sentirmos vivos, quando o mundo nos quer mortos. Somos vítimas da nossa própria evolução, padecemos num mar de ambiguidades as quais não conseguimos nos livrar sem que cometamos o maior dos pecados: Destruir nosso semelhante.

  Quem me define como agressivo não me descobriu ainda. Já ouviram falar em defesa ou fortaleza? Sim, estar na defensiva ajuda a proteger nossas vulnerabilidades, nos dá uma falsa sensação de poder, que, no fim, nos dá uma chance de sobrevida num mundo tão competitivo. Sou um poço de sensibilidade, como dizia a música, me derreto por paixões tenras por seres-humanos que guardo para mim, como um item colecionável que em meu leito de morte passarei a quem puder me ouvir, ainda moribundo das doenças da velhice (espero que seja assim). Tal sentimentalismo adoece-me, causa-me calafrios de tanta falta de carisma, auto-confiança e uma dose de inteligência. Se brilhante fosse, jamais revelaria isto a ninguém, jamais sentiria nada por ninguém, seria um muro inalcançável, um iceberg pronto para derrubar qualquer um que fosse em minha direção. Entretanto, pareço duro, demonstro pulso, lato como um cão raivoso para que não saibam que dentro de mim, sou macio como uma bola de algodão. Ajo na defensiva para não ser indefeso.

Os Dias Atuais

O estranho para a maioria é precioso para mim, o trivial deixo para a massa teleguiada por costumes vulgares. Quero tudo e nada!
A profundidade das palavras atinge o Ser como flechas certeiras, e quem as absorve inspira a doce fragrância de um jardim infinito, onde a variedade de opiniões equivalerão às espécies florais verdejantes e coloridas.
Vivo e morrerei pensando, simulando e buscando a perfeição por meio de paradigmas tomados como diferentes aos atuais adotados. Dizer que não falei do sentimento, ora, o sentimento. Nada mais do que apêgo ao inapegável, um caleidoscópio de ilusões sem ordenamento lógico que se traduzem em atitudes descabidas.
Vendido pela comunicação como produto, o sentimento é trocado por sensação de poder. Ah, o poder, lúgubre, doce e egoísta, como sempre foi e sempre será. Quem sente algo, quer se apoderar do seu objeto sentimental, possuí-lo e desfazê-lo quando o mesmo não mais lhe servir.
Sinto falta de sentimentos eternos, polisentimentos, multisentimentos, supersentimentos que não inspirem poder. O aspecto territorial da monogamia é fruto do cristianismo ultrapassado, castiga o Ser que contesta porque pensa, porém não busca a revolução. Aliás, e a evolução? Evoluir por evoluir, ao instaurar novos padrões, que graça tem? O indivíduo social se torna anti-social com a passar dos tempos. A civilidade cai a descontento dos bispos, pastores, rabinos, aiatolás e pais-de-santo, e sucateia o cérebro humano pela falta do conhecimento das tratativas sociais a serem tomadas como meio de interação perfeita entre nós.
A riqueza do Ser também deve ser cultural, mas é monetária. Perdem-se séculos de momentos importantes na busca pelo capital, pois o mesmo nos destaca no quadro social. Volta-se ao poder, que impulsionado pelo capital, é irrestrito.
A verdadeira libertinagem e vulgaridade reside na falta de conhecimento, educação e respeito pelo semelhante. Não deverá ser julgado como tal aquele que busca sua satisfação sentimental, pessoal, sexual, profissional etc...
Puna-se a ignorância, recompense-se o conhecimento. Adeus barbáries, olá amor livre! O verdadeiro herege está entre nós, julgando semelhantes e cometendo atos destrutivos à humanidade. O mesmo que busca alívio na religião é aquele que destrói e corrompe seu semelhante, tendo seu arrepedimento aceito, compensando seus erros desta forma.
Só algumas idéias, e nada mais.
A idéia tipificada de iconoclastia atual derruba tudo aquilo que enriquece o ser. Escravos submongolóides guiados por tendências fashionistas (sic) se abduzem da verdadeira importância de viver que reside em conhecer. Ornamentar a sí próprio é primitivo, coisa tribal, incoerente com a modernidade atual, chafurdada em conhecimento livre e prático a quem interessar. A vestimenta completa o humano incompleto, estratifica o aculturado, dando-lhe projeção e proteção contra olhares pré-julgadores. Afinal, o aparente é mais palpável que as internalidades inacessíveis. O ser profundo carece de atenção, de ouvidos alheios, que escutem e aprendam, que passem adiante o aprendido. Será culpa da efemeridade de tempo? Será simplesmente ócio? Será ignorância pura e simples? Poucos se dispõem a enriquecer seu caleidoscópio cultural. Os que ainda o fazem são maravilhas modernas, estrelas extintas num universo de perdição em expansão. Quem viver, verá a queda dos pensantes e a ascensão da estupidez. Espero estar morto!

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

O ETERNO ARREPENDIDO

O homem é, por natureza, uma fruta por amadurecer. Senão vejamos, passamos a vida toda curtindo os momentos intensamente, bebemos demais, fodemos demais, dormimos demais e comemos demais. Nossa juventude é praticamente consumida na eterna arte do excesso. Entretanto chega aquele momento onde temos que dar um basta. Sim, um basta. Ora, vocês sabem o que estou falando. Aquele momento onde todos nós viramos homens de verdade, casamos, procriamos e procuramos ter vidas mais tranquilas.

Interessante, porém, é refletir sobre como seria se fosse extamente ao contrário? Ou seja, termos obrigatoriamente que virarmos homem num momento onde a vida nos ensina a viver do excesso? Sim, perder a tenra juventude casado, cuidando dos filhos e vivendo tranquilo feito um caipira pescando. Engraçado. É estranho como isso pode interferir no futuro deste ser. No fim, ele tentará passar aquilo que não experimentou na juventude, em sua fase adulta.Um dos maiores prazeres desta vida é, dentre outros, se apaixonar. Quantos de nós já não se apaixonou desesperadamente, a ponto de cometer besteiras e contrasensos?

Bem, isso, em sí, não é nenhum problema pra quem já aproveitou sua vida, e dela já curtiu tudo o que achou possível e necessário. O problema reside em um homem que, tardiamente, redescobre a paixão, e percebe que seu passado nada mais foi que um lapso, um evento fugaz, sobre o qual ele não consegue sequer relembrar. Sim, a vida para ele passou rápido. Chega-se a uma determinada idade sem sequer ter conhecido as boas coisas da vida, ter aprofundado suas amizades, ter aproveitado a bela variedade de mulheres que há.

É preciso ter os pés no chão. Mas quem jamais teve esta oportunidade, se perde na idéia do que teria sido uma vida plena e sua juventude, cheia de pequenas paixões e aventuras, estórias para nos regozijarmos no futuro. É, o nosso ideal de vida deve se manter sempre o mesmo. Aproveite a juventude, pois vc jamais terá outra! Tentar buscar sua juventude após os 30 é tão estupido quanto tentar ser maduro antes disso.

A Religião: Alguns Fatos.

Religião. O que é isto? Acredito que a reposta é uma miríade de outras perguntas. Para quê serve? Qual é a sua? Enfim, perguntas e mais perguntas. Seríamos nós figuras tão perdidas num mundo de perdições que qualquer coisa que nos direcione a algum lugar se torna um dogma? De novo, mais perguntas surgem. Ainda sem resposta. É fato que o caminho da vida é árduo, e se torna mais fácil quando algo nos guia. O mundo ocidental conheceu o cristianismo há 2000 anos, e desde então segue seus preceitos de amor, fraternidade, justiça e perdão.
Entretanto, há 2000 anos não cumprimos os tão falados preceitos. Guerras, pestes, ódio, injustiça, etc. Pense em algo ruim e isto virá à sua cabeça: A sociedade não é cristã! Ora, e por que então pregamos isso uns aos outros? Ninguém sabe ao certo, mas nossa natureza diz tudo. Nos corrompemos quando nos tornamos distintos, ou seja, estratificamos nossas posições na sociedade. Eu sou superior a você, pois minha reserva de capital (leiam o conceito) é maior que a sua. Sou um potencial líder, alguém que você deve forçosamente respeitar e olhar de baixo, como ser inferior que você é. A partir daí, a sociedade se perdeu.

A igualdade não existe porque não somos iguais. Pregar isto é o mesmo que pedir a primatas que raciocinem antes de comer as próprias fezes. Seria a religião uma perda de tempo? Com base neste argumento, sim. Qualquer indivíduo pode direcionar sua vida sem o auxílio de nada ou ninguém. Todos nascem com o conceito de certo e errado, bem ou mal, amor ou ódio. Está incutido em nosso cérebro, como um firmware a uma máquina processada. Os ensinamentos de Cristo, nada mais são do que a repetição, quiçá a homologação, daquilo que já nascemos sabendo, mas não praticamos pela pura falta de respeito com nosso semelhante.
Se você precisa ir à igreja, ao templo, à congregação para lembrar disso, pode apostar que você é tudo aquilo que sua própria religião repudia. Um pecadorzinho de merda, um pequeno e insignificante humanozinho que pensa que Deus existe à sua imagem e semelhança. Desconhece o mundo que o cerca e sua virtudes. Reconhece na religião a sua salvação, pois já está perdido num mar de ignorância infinita, e acredita, em vão, que uma força superior o fará encontrar o caminho, quando, na verdade, ele já vem descrito em sua mente pela magnífica mãe-natureza - esta sim, digna de adoração -.

Os Sarneys E A Falta De Vergonha do Brasileiro.

Que o Brasil nunca foi um país sério, todos aqui já sabem. Independentemente se o Gal. De Gaulle realmente afirmou isso, nós podemos fazer esta auto-crítica sempre que imaginarmos o quanto precisamos evoluir como sociedade. A falta de comprometimento do brasileiro comum com a política é digna de riso, e deve ser sempre lembrada quando estamos em período de eleições. Uma imensa maioria de candidados despreparados e, de certa forma, ridículos invadem nossas vidas, sejam na rua, sejam nas comunicações ou até mesmo no corpo a corpo tão conhecido no período eleitoral. Nada é comparável à falta de capacidade do brasileiro em escolher seus líderes/representantes.

Entretanto, é difícil de compreender como podemos ser ainda mais estúpidos ao permitirmos o continuísmo na política. Já não bastasse elegermos inelegíveis, mantemos os mesmos algozes da boa governança no poder por mais tempo que os mesmos mereceriam. Os exemplos não cessam: ACM (falecido, mas onipresente), Sarney, Calheiros, Jereisatti etc. O cheiro do velho e retrógrado coronelismo paira sobre o Senado e o Congresso Nacional. Quem os elege sempre? É uma pergunta velha com sempre a mesma resposta: os pobres eleitores do norte e nordeste, que trocam seus votos por um açude, ou uma cesta básica. Enfim, nada muda.
Depois de diversos escândalos no Senado, o mais atual deles, que envolve a família Sarney, na figura de seu patriarca, é digna de vergonha. Não só o nepotismo, mas o tráfico de influência, a troca de favores, a corrupção de colegas de senado, ativa ou passiva, enfim, uma miríade de acusações fundadas mas ignoradas inclusive pelo próprio chefe do executivo, o Excelentíssimo Senhor Presidente Luís Inácio Lula da Silva. Ora, este é um caso ainda mais descabido. Em sua campanha para presidente, quando disputou com Roseana Sarney uma vaga na Presidência da República, o mesmo atacou ferozmente a família da moça, com acusações seríssimas de corrupção e lavagem de dinheiro, além de uso indevido da máquina governamental para benefício próprio, enquanto a mesma era Governadora do Maranhão. Hoje, o Sr. Lula "passa a mão" na cabeça branca e quase vazia da Vossa Excelência Presidente do Senado José Sarney, agente principal dos escândalos atuais, fingindo que não enxerga um palmo à sua frente, exatamente como fez em outros episódios de corrupção em seu governo.

Afinal de contas, continuaremos a aceitar as coisas como elas estão? Seria o brasileiro um povo tão passivo, que aceita qualquer coisa desde que não ocorra em seu prórprio quintal? Ou seria a moralidade do brasileiro tão débil quanto a dos seus governantes? A terceira opção é a mais correta. Afinal de contas, não é só a ignorância que mantem estes crápulas no poder. A complacência com eles também é um fator determinante, e é resultante da nossa própria falta de moral e bom-senso. É raro encontrar-se um homem, no Senado ou no Congresso, que não tenha teto de vidro e que possa tomar as rédeas de uma moralização nessas teóricas "casas do povo". A moral destes homens, e de quem os elegeu, é tão fraca que os mesmos têm de ser complacentes com seus atos de maracutaia.Não obstante, ainda temos que tolerar bate-bocas cada vez mais cabeludos em sessões que deveriam servir, em teoria, para aprovar leis e medidas de extrema importância para o funcionamento do país, que estão em pauta há anos. Termos chulos, xingamentos cada dia mais baixos, são a ordem do dia quando há um escândalo na política. O denuncismo reina entre os ternos rivais da política brasileira.

Concluindo, não prevejo quem ou o que poderá moralizar este país, mas entendo que somente a morte por velhice pode impedir que estes cidadãos de baixa moral se perpetuem no poder, visto que sempre haverá votantes e simpatizantes desta corja. A máquina governamental brasileira, com suas engrenagens enferrujadas e com dentes quebrados, não consegue dar andamento ao que é de mais básico na condução dum país. A falta de moral e ética no governo dará ao povo cada vez mais a idéia que a impunidade reina no país, ditando o comportamento vil que não abandona o brasileiro há séculos, que é a sua conduta torpe perante a sociedade e a falta de senso de comunidade. É o ciclo da patifaria. É o Brasil: O parque de diversões da família Sarney.

CRÔNICA SOBRE A MONOGAMIA

Você é monogâmico? Eu sou monogâmico? Quem é monogâmico? É engraçado o quanto esta palavra esta em voga atualmente: monogamia. Há muito não nos questionamos quanto a este comportamento, porém ainda vamos nos questionar. Indubitavelmente, estar com uma pessoa somente nos relacionamentos amorosos nos trouxe avanços comportamentais. Pessoas monogâmicas são mais propensas ao sucesso, pois podem se concentrar mais na busca pelo mesmo, uma vez que o parceiro sexual está garantido. A monogamia ajuda nas relações sociais, pois pessoas casadas são mais bem vistas socialmente do que as solteiras, uma vez que seu comportamento exala responsabilidades e comprometimento, algo em falta na sociedade atual. Ser monogâmico também é mais barato. A busca pelo sexo gera custos, e obviamente, dois salários são melhores que um (se ambos estiverem empregados).

O cristianismo ajudou a perpetuar a monogamia como comportamento correto em seus dogmas, e o casamento religioso é condição si ne qua non na sociedade ocidental. O próprio Estado aprendeu a reconhecer a união entre dois seres-humanos de sexos distintos como meio de distribuir direitos às partes envolvidas na mesma, ou seja, o casamento se tornou, acima de tudo, um contrato social.Sempre foi assim? Não, obviamente. Antes do cristianismo sabemos que nossos ancestrais eram poligâmicos. Para não fugir do ocidente, nos voltemos para o Império de Roma. Havia a união entre casais, mas a poligamia era regra aceita nesta sociedade. Por muitas vezes, até com traços marcantes de homossexualismo. Na Grécia antiga não havia muita diferença, ou seja, o sexo, como condição fisiológica comum, era plenamente livre de qualquer impedimento, seja legal, seja religioso, entre seres como um todo. Concluímos, portanto, que o cristianismo trouxe a monogamia à sociedade medieval, e a mesma perdura até os dias de hoje.

A grande questão é se realmente respeitamos isto. É fato que inúmeras análises estatísticas depõem contra a monogamia. Diversas pessoas, numa condição de segurança, admitem terem tomado parte em algum tipo de relacionamento múltiplo. Cada um que lê este texto pode muito bem olhar para sí e buscar suas próprias verdades intangíveis. Mesmo que não tenham realmente traído, no mínimo pensaram nisto. É muito simples explicar isto. Não se apaga milhares de anos de evolução como polígamos em algumas centenas de anos. É muito difícil mudar um comportamento que sempre tivemos por causa de um paradigma religioso. Isto só reforça o quanto nós ainda temos muito o que evoluir. Agimos de uma forma e pensamos de outra, nos postamos de uma forma na sociedade, e entre quatro paredes somos outra. Até quando viveremos assim?

O próprio cérebro humano é quem o trai. Nossa mente, como sempre digo, tem reações muito instintivas. Os homens, ao verem uma mulher de quadris largos e seios fartos tendem a perderem a linha. Isso se deve pelo simples fato de o nosso cérebro reconhecer nesta forma feminina uma mulher fértil. No caso das mulheres, o que mexe com seus hormônios são homens inteligentes, fortes e com traços másculos. Isto ocorre pois homens assim podem prover mais segurança em geral a uma mulher e seus filhos. Vivemos ainda dos nossos instintos, e nossa racionalidade ainda não reconhece os mesmos, tornando-nos verdadeiras contradições ambulantes.

A conclusão de tudo isto é que, apesar de nós almejarmos muito casarmos, termos filhos, sermos monogâmicos e desejarmos fazer sexo sempre com um parceiro somente, estamos sempre batendo de frente com nosso cérebro tão desenvolvido, mas ao mesmo tempo ainda bastante primitivo. Somos indíviduos em guerras internas constantes entre nossos impulsos e nossa razão, que nos força a sermos civilizados mesmo quando queremos, ou desejamos demais cair em "tentação". Sou muito cético quanto ao futuro de nossa sociedade, e continuo achando que a religião atrapalha muito nosso desevolvimento social ao causar-nos mais conflitos do que prover soluções. Prevejo que chegaremos a um ponto onde nossa sexualidade estará tão a flor da pele, que simplesmente a monogamia não mais se sustentará. As tentações são muitas, e estão cada dia mais latentes. As paixões são mais efêmeras e os tesões idem. O que nos serve hoje, já não serve mais amanhã. As mulheres estão cada dia mais lindas, mais joviais e mais liberadas. Os homens estão cada dia mais sensíveis, bonitos e saudáveis. Será difícil se prender demais, pois sempre alguém melhor estará na próxima esquina. À medida que as pessoas se desprenderem de princípios religiosos, aos poucos as mesmas entederão melhor a sí mesmas, e tomarão suas decisões sexuais/amorosas baseadas somente em sentimentos, e não em obrigações religiosas.